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Enviada em: 15/07/2019

A redação é sobre o tema: "Desafios na Saúde Pública: como lidar com epidemias no Brasil?" Obrigado       O fim da Baixa Idade Média, nos séculos XIV e XV, foi marcado por uma pandemia. Eventualmente, o crescimento desordenado das cidades possibilitou o desenvolvimento de uma doença conhecida como Peste Negra, a qual devastou entre 75-200 milhões de pessoas. Ademais, apesar do ser humano, mediado pela tecnologia, ter ampliado o poder de enfrentamento a epidemias, o potencial devastador delas ainda persiste. Dessa maneira, o domínio absoluto de algumas empresas farmacêuticas e a retração no processo de vacinação dificultam o combate a enfermidades que afetam muitas pessoas ao mesmo tempo. Desse modo, é necessário discutir acerca da problemática em questão.       É importante pontuar, de início, que o monopólio de empresas farmacêuticas, ao enredar o amplo acesso a medicações, dificulta o combate a epidemias no Brasil. Isso se deve ao fato de que o direito à propriedade intelectual garante a exploração exclusiva de um remédio recém descoberto por determinado período de tempo, o que faz com que as grandes companhias boticárias focalizem a venda de inovações medicamentosas, a fim de obterem lucros exorbitantes. Por conseguinte, o acesso a remédios passa a ser pautado na condição socioeconômica, haja vista que a proteção patentaria inviabiliza a entrada do fármaco genérico no mercado, cujo preço é mais acessível.       Ainda, é importante pontuar de que forma a queda na imunização dos brasileiros - exposta em notícia veiculada em 2018 pelo jornal O Globo - dificulta o combate às epidemias. Isso ocorre porque o governo não torna as pessoas argutas a perceberem que a vacinação também é uma forma de proteger o outro. Em face disso, as pessoas, imbuídas da sensação de segurança - por não presenciarem casos da patologia -, não valorizam a vacinação. Nessa perspectiva, o filósofo Karl Marx, ao inferir que o homem é o próprio mundo que compartilha, permite deduzir que o ser humano age de acordo com a realidade a sua volta. Logo, por não visualizar as doenças no cotidiano, a pessoa opta por não vacinar.       Portanto, infere-se que o estanco de empresas farmacêuticas e a retração no processo de vacinação dificultam o controle epidêmico. Nesse sentido, o Poder Executivo, a fim de promover alterações no código referente à propriedade intelectual, deve estabelecer debates na Organização Mundial do Comércio (OMC), por intermédio da articulação de reuniões com os países membros. Assim sendo, medidas podem ser tomadas para liberar o acesso a inovações medicamentosas pertinentes ao combate de epidemias. Além do mais, o governo deve alertar a população acerca da importância de todos serem vacinados, por meio do amplo acesso a cartilhas sobre o assunto em jornais, revistas e redes sociais, para que cada indivíduo reconheça que pode ou não dificultar o combate a doenças.