Materiais:
Enviada em: 01/07/2019

No contexto da escravidão, a violação da liberdade e as más condições de vida levavam os escravos a fugirem a procura de novas áreas onde pudessem recomeçar suas vidas. Hoje, sem o escravismo, são os refugiados que em meio a conflitos, guerras e perseguições migram para outros países em busca de um reinicio. No entanto, essa tentativa de uma nova vida, geralmente, se depara com a dificuldade de acolhimento, podendo ser causada tanto pela falta de estrutura quanto pelo sentimento xenofóbico ainda existente.       É importante citar a princípio, que muitos países de destino desses refugiados não possuem estrutura adequada para o acolhimento. Dados do Comitê Nacional dos refugiados (Conare) motivam esse obstáculo: entre 2011 e 2017 o Brasil recebeu mais de 120.000 solicitações de reconhecimento da condição de refugiado. Esses dados revelam a dificuldade de recepção dos exilados, posto que eles necessitam de um lugar fixo para se estabelecerem, além de atendimento médico, educação e empregos.           Deve-se citar, ainda, a contínua questão da xenofobia presente em partes da sociedade. Devido a esse sentimento retrógrado, as dificuldades dos refugiados não se resumem apenas à travessia entre territórios e á acolhida, mas também ao preconceito e exclusão enfrentados em novas terras. Para esses apátridas conseguirem empregos ou atendimentos básicos enfrentam a permanente aversão de alguns indivíduos a estrangeiros. Com isso, muitos ficam sem moradia e presos a uma nova perseguição.          As dificuldades de acolhimento de refugiados deve-se, portanto, à falta de infraestrutura e ao sentimento  xenofóbico persistente. Por isso, cabe ao indivíduo a empatia com o outro, buscando compreender a situação vivenciada e ajudando na recepção e adaptação de exilados. É dever das escolas, juntamente com as famílias, educar e ensinar as crianças a respeitar e aceitar as diferentes crenças e hábitos, com atividades em conjunto, filmes e informações a fim de criar, a longo prazo, uma sociedade menos intolerante. Cabe, ainda, ao governo federal a extensão da estrutura de recebimento do país, criando mais programas de supram a acolhida dessas pessoas, além de contribuir temporariamente com auxílios para a ambientação, como instrutores responsáveis pela socialização, educadores que ensinem a comunicação e oportunidades de empregos provisórios. Dessa forma, o acolhimento poderá ser facilitado, tanto para a sociedade do país de destino, quanto para os que buscam novas oportunidades.