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Enviada em: 14/07/2019

Em 1951, a Convenção das Nações Unidas relativas ao Estatuto dos Refugiados definiu o que é um refugiado e seus direitos. Desde então, foram estabelecidos padrões de tratamento e políticas para recepção desses indivíduos. Entretanto, a acolhida tem sido desafiada pelas práticas xenofóbicas e pelas dificuldades de oferecer condições adequadas de moradia além de outros direitos fundamentais.    De acordo Friedrich Nietzsche o conflito da fé nas opiniões, ou seja, as convicções é o que torna a história violenta. Sob tal ótica, as expressões xenofóbicas resultam de uma crença da superioridade das concepções individuais  levando a atitudes de intolerância e violência. Dessa forma, o refúgio a pessoas advindas de países culturalmente diferentes perpassa sob a dificuldade da aceitação da população dos países que servem de asilo, sofrendo de violência e aumentando sua vulnerabilidade.    Além disso, a oferta à moradia, saúde, educação e trabalho digno para recepção dos refugiados é enfrentada pelos Estados. Segundo relatório da Alto Comissário da ONU os países em desenvolvimento recebem 84% dos migrantes. Essas nações, possuindo baixa e média renda enfrentam maiores dificuldades no acolhimento por nem sempre dispor de condições suficientes para oferta de serviços básicos o que inviabiliza a reinserção social.      Portanto, é notório a necessidade de medidas que resultem na melhoria do acolhimento aos refugiados. A ACNUR, em parceria com o Estado e a mídia deverá desenvolver campanhas que visem à desmistificação de preconceitos carreados historicamente e a conscientização da população com intuito de diminuir a xenofobia a esses povos que já se encontram em vulnerabilidade. A Comunidade Internacional, a criação de agendas e políticas que destinem recursos aos países em desenvolvimento que servem de asilo, viabilizando o acolhimento dos refugiados sem que esses Estados enfrentem crises internas.