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Enviada em: 13/07/2019

A pré-história retrata o homem guiado por seu instinto de sobrevivência, tanto que seu mobilismo geográfico buscava a melhor condição de vida. Nas sociedades complexas, tal característica pode ser observada nos processos de migração, bem como na questão dos refugiados. Contudo, em um cenário de crise humanitária crescente, a travessia das fronteiras em busca de abrigo encontra barreiras não apenas físicas, mas políticas e sociais.   A priore, como elucidou o sociólogo Émilie Durkheim, há na sociedade um intercâmbio de funções objetivando a coesão e ,portanto, equiparando-se a um corpo biológico. O fluxo de estrangeiros eleva a demografia dos países receptores, o que permeia a gestão de políticas públicas no território. Dessa forma, a tênue articulação de mecanismos de integração, bem como capacitação acadêmica e laboral, impede a interação de tal povo no conjunto populacional e, assim, o exercício de seus direitos e deveres enquanto cidadãos.   Em sua obra ''O Leviatã'', o teórico absolutista Thomas Hobbes descreve o homem com ''lobo'' do homem, assim, o estado teria o papel de dirimir possíveis conflitos advindos dessa relação. Entretanto, mostram-se  escassos os mecanismos de preparação cívica no que tange á recepção de outros povos, isto é, o poder público não implanta instrumentos geradores de intercâmbio cultural, e mesmo iniciativas como o ''Comitê Nacional para refugiados no Brasil'' são enfraquecidas pelo tênue engajamento popular. Tal situação corrobora, portanto, para a discriminação e xenofobia.   Logo, o êxodo de indivíduos refugiados encontra  múltiplos entraves, o  que torna crucial a união de regiões de alto fluxo migratório, as quais  forneçam emprego e políticas públicas a esses povos, visando uma demografia salutar. Outrossim, instituições como a ''ONU'' e ''ACNUR'', devem difundir a inclusão promovendo á população o conhecimento da questão e as formas de cooperação. Quiça, assim, o refúgio seja legítimo.