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Enviada em: 02/07/2019

O livro "O Diário de Anne Frank" relata a história de uma adolescente de 13 anos e sua família, judeus alemães que, em razão do regime nazista, se refugiaram na Holanda, onde enfrentaram diversos obstáculos. Analogamente à obra, milhares de pessoas deixam seus países devido a conflitos bélicos e, muitas vezes, não recebem o acolhimento ideal. Tal conjuntura preocupante se deve não só à deplorável estrutura receptiva, mas também à baixa inclusão social desses indivíduos.        Em primeira análise, é fundamental destacar que boa parte dos países não possui a infraestrutura adequada para acolher os asilados. Segundo o CONARE (Comitê Nacional para os Refugiados), o Brasil recebe cerca de 126 solicitações de refúgio mensalmente, porém, não possui um plano nacional na temática. Tal conjuntura reflete a realidade de muitos países, nos quais os migrantes acabam por  ficar sem condições básicas de sobrevivência, como moradia e alimentação.       Ademais, os asilados também têm de lidar com obstáculos no convívio social. Consoante o filósofo Aristóteles, o homem é um ser social. Todavia, tal premissa se torna inviável para os refugiados, uma vez que, além de estarem expostos ao preconceito, enfrentam barreiras linguísticas e culturais, fator que impede uma inclusão satisfatória na sociedade.        Destarte, ficam nítidos os desafios vividos por pessoas que passam pela mesma situação de Anne Frank. Cabe ao CONARE trabalhar juntamente com as ONGs na elaboração de uma estrutura adequada para a recepção de asilados, ação que deve ser realizada por meio da criação de abrigos que ofereçam tanto moradia quanto ajuda psicológica e jurídica aos indivíduos, a fim de que os migrantes consigam se estabelecer no Brasil sem grandes dificuldades. Além disso, as universidades devem oferecer aulas gratuitas de português e cultura brasileira, para facilitar a inserção social dos refugiados.