Para Friederich Hegel, o Estado deve proteger seus filhos, e a partir dessa frase consegue-se entender o porquê da diferenciação dos termos 'imigrantes' e 'refugiados' na Conferência de Genebra. Segundo a ONU, refugiado designa pessoas que correm risco de vida, e para resolver essas questões foi criado um setor chamado ACNUR e no Brasil o CONARE (Conselho Nacional de Refugiados) que é regido pelo Ministério da Justiça. Em primeiro lugar, é válido ressaltar que aproximadamente 65 milhões de pessoas no mundo são considerados refugiados internos ou internacionais, segundo dados da ONU. A partir dessa informação é possível atrelar o crescente aumento de violência contra os refugiados com a falta de informação da população que recebe essas pessoas. Não só violência e informações errôneas dão tristeza a essa história, mas também o preconceito cultural, em que a população acredita que os refugiados não tem o que contribuir culturalmente. Contudo, pessoas que vislumbram como última opção para salvar suas vidas e de sua família, uma viagem perigosa e a incerteza de alcançar seus abjetivos, tem algo a crescentar à população local e devem ser acolhidas de forma a subsidiar uma vida mais digna. No entanto, as cidades que recebem essas pessoas num estado de precariedade, muitas das vezes não conseguem absorver a quantidade de refugiados com a estrutura urbana. É notório a deficiência do sistema público de saúde e geração de renda, em que obriga as pessoas a procurarem lugares inadequados à uma moradia sadia, contribuindo assim para a crescente taxa de violência tanto de moradores locais para com refugiados como o contrário. Além disso, há um aumento da necessidade de saneamento básico que não foi planejado, bem como a ineficiência de distribuição de vagas escolares para crianças. Mesmo com essas dificuldades, as cidades devem encontrar meios para acolher essas pessoas que por vezes saíram de seus lares numa situação de guerra. Em suma, para que a frase de Hegel contemple a todos, a ONU por meio da ACNUR deve promover campanhas em meios midiáticos juntamente com setores específicos de países, como o CONARE no Brasil, para sanar dúvidas e questionamentos sobre os refugiados, combatendo assim preconceitos e proporcionando uma recepção pacífica e acolhedora aos necessitados. Aliado a isso, o Ministério da Justiça deve promover um estudo com o Ministério do Planejamento e Desenvolvimento para apontar soluções de urbanização para as cidades que mais recebem refugiados para absorver a demanda e melhorar a qualidade de vida dos recém-chegados.