Enviada em: 15/07/2019

"Atravessamos o mar Egeu, um barco cheio de fariseus, com os cubanos, sírios, ciganos, como romanos sem coliseu...". Os versos da canção "diáspora" do grupo musical Tribalista expõe o drama de diferentes etnias que necessitam se refugiar dos seus países. Todavia, diante as questões internas desses países como,  Brasil, os refugiados enfrentam dificuldades em serem acolhidos.   Históricamente, no século XIX, em decorrência de crises na Europa, muitos dos seus descendentes migraram para o Brasil, os quais foram bem recebidos. Entretanto, atualmente, com os refugiados de países como, a Venezuela e Haiti, nem sempre ocorre o mesmo. Nesse sentido, a xenofobia e a intolerância são um empecilho ao bom acolhimento. Paralelamente, Eduardo Galeano, jornalista e escritor, fomenta que é preciso conhecer o diferente para que possa haver a valorização. Por certo, os europeus foram bem recebidos pois havia um pré-conceito positivo sobre eles. Logo, desmistificar o "achismo" sobre venezuelanos e haitianos, dando espaço à empatia e a troca de conhecimento, é um desafio recorrente ao abraçar os imigrados.   Em consonância, apesar do Brasil apresentar um bom PIB, ele possui um baixo IDH, ainda assim, vive uma crise econômica, o que torna uma dificuldade oferecer os conceitos básicos da prosperidade: Saúde, educação e trabalho. Tendo em vista, de acordo com o sociólogo Habermas, incluir não é só trazer para perto, mas oferecer oportunidades para que o outro cresça junto. De fato, para que ocorra um acolhimento efetivo dos refugiados é preciso gerar uma funcionalidade e participação social,o que é um impasse ao analisar a fase socioeconômica brasileira.   Destarte, fica clara a importância do preparo do país ao receber tais estrangeiros.Assim, o Comitê Nacional para os Refugiados,aliado a ONG´s deve criar um projeto de integração, por meio da troca de conhecimentos, por exemplo de idioma e gastronomia, com o efeito de aproximar as etnias, a fim de que ambos prosperem dentro de um acolhimento menos doloroso.