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Enviada em: 08/07/2019

O mundo contemporâneo sofre hoje com uma das maiores crises humanitárias da história, milhões de pessoas deslocam-se rumo ao desconhecido em busca de melhores condições de subsistência. Com isso, até mesmo países que possuem rígidas políticas migratórias se viram impossibilitados de negar asilo. Entretanto, após chegarem ao destino, os estrangeiros sofrem com escassas oportunidades de emprego, moradia, preconceito dos locais e principalmente com a falta de suporte do Estado brasileiro, sendo possível destacar, ainda, a falha na atuação de órgãos internacionais de proteção aos direitos básicos humanos. Portanto, diante deste panorama, cabe análise das principais causas e dificuldades de acolhimento de refugiados especificamente para o Brasil em contraste ao restante do mundo.    Em primeiro lugar, é possível compreender a disparidade financeira entre muitos países no globo como um dos principais motivos do fluxo migratório recorrente, seguidamente por situações de guerra  e regimes ditatoriais em países do Oriente Médio, continente africano e América latina. Com isso, segundo o Estadão, desde 2015 o Brasil recebeu ao menos 50.000 pedidos de asilo de Venezuelanos, o que representa 5,5 vezes mais que os números registrados em território europeu e nos Estados Unidos no ano de 2018. Todavia, em países desenvolvidos existem estruturas para o acolhimento dessas pessoas, enquanto o Brasil encontra-se aquém dos níveis satisfatórios.   Por conseguinte, milhares de refugiados no norte brasileiro vivem em situações críticas, que causam impactos demográficos, financeiros e educacionais ao país, além de aumentar o índice de criminalidade em municípios fronteiriços, uma vez que muitos indivíduos são facilmente aliciados por facções criminosas e redes de prostituição. Além do mais, a falta de preparo governamental para suportar tamanha demanda nos serviços públicos gera indignação nos residentes locais, que acabam por reagir contra o êxodo utilizando a violência como alternativa. A exemplo disso, o longa"Era o hotel Cambridge" retrata por meio de relatos verdadeiros, a luta diária de refugiados por recursos básicos no Brasil.      De acordo com o supracitado, é nítida a necessidade de mudanças nas políticas de acolhimento ao refugiado no Brasil. Para isso, um projeto de apoio ao estrangeiro seria criado através de parcerias do Estado com empresas locais em troca de isenções fiscais. Essas, o viabilizariam ao se instalarem em municípios com maiores índices de refugiados e empregarem o maior número possível de pessoas, oferecendo moradia, alimentação e cursos de qualificação na língua portuguesa como parte do salário. Em contrapartida, os trabalhadores estrangeiros seriam responsáveis por restabelecer a  movimentação da economia no local, contribuindo ainda com a prestação de impostos que visem a melhoria no suporte aos serviços públicos em geral, melhorando assim a qualidade de vida da comunidade geral.