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Enviada em: 04/07/2019

Conforme a Primeira Lei de newton, a Lei da Inércia, a qual afirma que um corpo tende a permanecer em movimento até que uma força atue sobre ele e mude o seu curso, observa-se que diante de mesma óptica, os entraves ocasionados pelas dificuldades do acolhimento de refugiados são problemas que continuam a persistir no Brasil e no mundo. Com isso, a xenofobia e a infraestrutura ineficiente de certas cidades, configuram-se como agente agravantes da situação atual.       Em primeiro plano, é preciso atentar para a questão do preconceito que parte da população possui em relação ao estrangeiro, o que não deveria ser comum, visto que os contingentes migratórios estão presentes desde os primórdios da humanidade. A exemplo disto, tem-se o Brasil do século XIX, que recebeu um grande número de imigrantes europeus e estes contribuíram para formar o grupo dos primeiros trabalhadores assalariados do país. Diante disso, casos de intolerância deveriam ser episódios isolados e raros, entretanto, não é o que se observa na prática, visto que, segundo dados da Secretaria Especial de Direitos Humanos, houve aumento em 633% nas denúncias de xenofobia desde de 2014. De fato, tais atitudes agressivas se relacionam com o conceito de banalização do mal trazido pela socióloga Hannah Arendt: quando um ato agressivo ocorre constantemente, as pessoas param de vê-lo como errado.       Ademais, a falta de estrutura adequada para acolhimento dos refugiados contribui para deixar a situação ainda mais fora de controle. No caso do Brasil, uma das causas dessa escassez de apoio pode ser entendida pela urbanização acelerada e tardia que o país passou, resultando em segregação socioespacial, com formação de grandes contingentes habitacionais nas periferias das cidades. Com isso, as favelas tornam-se locais atrativos para a parcela de estrangeiros -principalmente os ilegais- que se veem sem opção de moradia. O que segundo o inglês John Locke, é uma das maiores violações aos direitos naturais do ser humano, sendo o direito a propriedade, um deles.       Portanto, fica evidente a necessidade de uma tomada de medidas que alterem este cenário, tais como: a divulgação de propagandas em todos os meios de comunicação, feitas pelo Governo Federal, por intermédio do seu órgão oficial de publicidade (SECOM), conscientizando os indivíduos dos efeitos negativos da xenofobia, para que o sentimento de empatia com o próximo seja incentivado. Além da construção de habitações fixas para imigrantes, realizadas por investimentos Estatais de recursos adquiridos pela captação de impostos arrecadados no país, em empresas da construção civil. Assim será possível encontrar um meio que funcione como a força definida por Newton, capaz de realizar a mudança no percurso dos empecilhos do acolhimento à refugiados de sua permanência para seu fim.