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Enviada em: 14/07/2017

Na série literária As Crônicas de Gelo e Fogo, selvagens que vivem ao Norte da muralha começam uma jornada em direção ao Sul fugindo dos perigos que chegariam com o inverno, contudo enfrentam forte resistência dos patrulheiros da noite, protetores da fronteira. Todavia, fora dos livros a realidade brasileira mostra-se diferente, a problemática não está na entrada dos refugiados no país, está nas condições de vida a que são submetidos, seja pela dificuldade em conseguir moradia, seja pelos obstáculos em conseguir emprego.       Para o sociólogo contratualista John Locke, o homem ao nascer tem o direito natural a propriedade. Todavia, essa é uma realidade distante aos emigrantes que vêm ao Brasil, tendo em vista que chegam sem qualquer bem financeiro e não possuem políticas habitacionais para os ajudar. Outrossim, é importante destacar que a política de aluguéis de imóveis também se mostra falha, já que na maioria das negociações é preciso garantias financeiras.       Vale também destacar que assim que o refugiado chega, ele tem direito à carteira de trabalho, com os mesmos benefícios que qualquer outro cidadão. Entretanto, enfrenta resistências para conseguir emprego. Por mais que possuam elevado nível de estudo, na maioria dos casos eles não dispõem de documentos que comprovem a sua escolaridade. Contudo, a xenofobia não se mostra presente, em pesquisa realizada, a sociedade brasileira tem mostrado atitudes acolhedoras.        Em suma, medidas são necessárias para resolver o impasse. Em parceria com ONGs e entidades filantrópicas, o Ministério das Cidades deve elaborar políticas habitacionais que disponibilizem moradias temporárias para que emigrantes possam se estabelecer no país. Somado com o Ministério do Trabalho e do Emprego, que em consonância com o setor privado e com o poder legislativo, deve criar leis que visem reconhecer a escolaridade dessas pessoas por meio de testes escritos, como também disponibilizar ''cotas'' nas vagas de empregos estatais.