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Enviada em: 20/07/2017

O deslocamento de refugiados para Europa e países adjacentes, no século XXI, transformou o cenário social, cultural e político desses locais. A promoção de assistência humanitária para os expatriados é insuficiente, necessita-se incluí-los na sociedade.        O poema "Navio Negreiro" de Castro Alves retrata a mortandade que ocorria no transporte de escravos africanos. Não diferente, hoje, inúmeras pessoas têm arriscado suas vidas no Mar Mediterrâneo em embarcações precárias. Os refugiados fogem de guerras, fome e instabilidade de seus países de origem e procuram melhor condição de vida.       Compreender a problemática em torno do impacto social que esse êxodo populacional tem provocado no mundo exige considerar o conflito cultural de diferentes povos nos países anfitriões. "É mais fácil quebrar um átomo do que um preconceito". Essa máxima do cientista Albert Eistein permite refletir na dificuldade em desfazer ideias pré-concebidas acerca de um grupo. Não distante a isso, é importante salientar o crescimento da xenofobia nos países europeus. Muitos cidadãos acreditam que os refugiados mudarão a cultura do país, associam práticas terroristas a todos os expatriados e então excluem da sociedade aqueles que precisam de inclusão.      Urge, portanto, a adoção de medidas cabíveis para solucionar a problemática vigente. Os países anfitriões devem realizar a identificação dos refugiados, permitindo assim o controle de informações e agilidade no combate ao terrorismo. Deve-se também, fortalecer leis visando punir atitudes xenófobas, assim como incluí-los no mercado de trabalho, disponibilizando empregos não visados pelos europeus, e assim fornecendo base de sustento para muitas famílias que vêm do exterior. É necessário que as escolas oferecam aulas grátis da língua nativa do país para refugiados afim de adequar os mesmos as aulas. A união desses esforços poderá determinar estruturas sociopolíticas menos conflituosas aos que padecem de direitos humanitários.