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Enviada em: 14/08/2017

Para iniciar uma discussão sobre o tema "As dificuldades do acolhimento de refugiados", é necessário diferenciar migrante de refugiado: estes são pessoas que foram "obrigadas" a deixar seus países - geralmente devido à guerras ou perseguições políticas - enquanto aqueles são pessoas que, por livre e espontânea vontade, decidiram mudar de país. Atualmente, podemos tomar como exemplo os conflitos na Síria, que estão gerando várias ondas de refugiados, e isso está se refletindo em transtornos pois alguns dos países acolhedores não possuem a infraestrutura necessária, e, muitas vezes, possuem uma postura xenofóbica em relação à essas pessoas.   Os conflitos políticos e as guerras na Síria estão obrigando seus cidadãos a fugirem de seu país na condição de refugiados, buscando abrigo em territórios europeus, navegando pelo Mar Mediterrâneo em condições precárias, inapropriadas e com alta taxa de mortalidade durante o trajeto. Isso está acontecendo pois as disputas pelo poder político se transformaram em uma guerra civil, e com isso, os cidadãos sírios estão convivendo com os perigos que envolvem um conflito dessa magnitude e vivendo sob constante sensação de medo e insegurança, procurando abrigo em locais "melhores".    No entanto, esses cidadãos estão enfrentando vários problemas nos países que os acolheram - se é que eles chegaram a serem acolhidos -, pois muitas vezes essas pessoas são vítimas de atos explícitos de xenofobia. Esse termo pode ser entendido como uma aversão aos refugiados, e isso está acontecendo devido à crise financeira em que alguns países da Europa se encontram, fazendo com que a sociedade veja essas pessoas como concorrentes no mercado de trabalho. Por causa disso, os refugiados não possuem vagas de emprego, ficando à mercê da ajuda governamental.   Com isso, é perceptível que alguns Estados europeus tratam os refugiados com bastante desprezo, deixando essas pessoas em condições desumanas, muitas vezes sem água ou comida durante vários dias. Além disso, as habitações "temporárias" acabam se tornando permanentes, o que é um grave problema, pois esses locais não possuem a infraestrutura necessária para abrigar pessoas permanentemente, oferecendo condições precárias e com alto risco de propagação de doenças.   Contudo, por meio da mudança dessa visão européia, esses refugiados podem passar a ter uma boa condição de vida. Na Alemanha, grupos de voluntários estão ensinando a língua alemã para as pessoas que ali se abrigaram, criando uma capacitação para esse refugiados, e ao mesmo tempo, gerando um sentimento de alteridade para com essas pessoas. Por meio de campanhas, os Estados europeus podem adotar esse modelo de capacitação, fazendo com que essas pessoas consigam servir como mão de obra para esses países, gerando, ao mesmo tempo, renda e qualidade de vida para elas.