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Enviada em: 31/08/2017

O mundo se encontra numa grave crise migratória: cerca de 60 milhões de pessoas, segundo dados da ONU, deixaram seu país de origem fugindo para lugares que não estão sofrendo com os horrores da guerra, violência e perseguições de qualquer espécie, onde buscam asilo; esses são os, assim denominados, refugiados. O problema que essas pessoas enfrentam – além do desafio de chegarem a salvo nesses lugares – é com a receptividade oferecida onde chegam.          Apesar de alguns países terem assumido uma política mais favorável para com os imigrantes – como, por exemplo, a Alemanha –, a integração com a população ainda é um grande desafio para eles. Com a intensificação das ondas migratórias, cresceu também a xenofobia ao redor do mundo: o imigrante, muita das vezes, é visto como um potencial terrorista, ameaça ao emprego, violento e fanático religioso, visão essa que inviabiliza sua total integração na sociedade, como um verdadeiro cidadão. Daí se cria uma comunidade centrada por anos em campos que deveriam ser provisórios ou marginalizada nos grandes centros.   Os refugiados não podem ser vistos como um fardo; eles são possíveis soluções para vários problemas enfrentados pelos países mais desenvolvidos, como o envelhecimento da população e, por conseguinte, a falta de mão de obra mais jovem. Eles podem suprir tanto a demanda do terceiro setor, quanto serem potenciais inovadores. É a intercambialidade cultural que permite a adesão de novos conhecimentos e os imigrantes são uma grande oportunidade para isso.   O acolhimento aos refugiados, além dos possíveis ganhos sociais e econômicos, é uma questão de humanidade. O número de mortes entre essas pessoas vem crescendo cada vez mais e, dentre elas, cerca de metade são crianças. Os governos devem não só assumirem políticas mais permissivas com a entrada de imigrantes, mas também os auxiliarem para que possam se estabelecer em seus territórios, combatendo a xenofobia e propiciando um ambiente em que possam se desenvolver.