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Enviada em: 03/10/2017

“A humanidade tem de acabar com a guerra, antes que a guerra acabe com a humanidade”. Nos dias que correm, a citação de John Kennedy permite reflexão a respeito de um tema fortemente abordado na sociedade: o novo fluxo de refugiados. No entanto, qual seria a conexão entre as palavras de Kennedy e tal questão? O continente europeu vive numa crise imigratória e, de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), mais de 220 mil imigrantes teriam chegado à Europa pelo Mediterrâneo somente no ano de 2015. Pobreza, repressão política e religiosa e, principalmente, as guerras nos países que os imigrantes são provenientes, são alguns dos motivos que levam milhares de pessoas a fazerem uma travessia clandestina arriscada em busca de uma vida melhor.  O que traz tamanha repercussão deste assunto é o questionamento da sociedade a respeito dos impactos desse novo fluxo de pessoas, já que, dependendo do local, o aumento populacional vem a ser um problema. Sem contar com os estorvos que os refugiados enfrentam como a dificuldade com a língua, a cultura dissemelhante, a moradia inapropriada e o óbice em conseguir um emprego. No Brasil, o número de imigrantes cresceu substancialmente nos últimos anos, principalmente de países como o Haiti e a Síria. Todavia, mesmo sendo reconhecido pela ONU como um dos países mais acolhedores e solidários, os imigrantes aqui no Brasil ainda sofrem com os obstáculos já supracitados, outrossim, vale ressaltar os serviços públicos de saúde precários.  Para o adjutório dessas pessoas, a ACNUR (Agência da ONU para Refugiados) tem oferecido proteção e assistência, o Brasil também conta com o CONARE (Comitê Nacional de Refugiados) e a Cáritas Brasileira, contudo, algumas medidas ainda devem ser tomadas para melhorar as condições dos refugiados não só no Brasil. É preciso que a ACNUR desenvolva campanhas integradas aos recursos midiáticos (redes sociais e televisão) como ferramenta de conscientização. Cabe também ao Estado brasileiro a criação de leis que combatam a xenofobia e a fiscalização destas, ao terceiro setor -o qual é composto por associações que buscam conseguir melhorias na sociedade- o desenvolvimento de projetos com incentivo à inclusão, objetivando o acesso ao trabalho e à língua.