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Enviada em: 02/11/2017

Desde a antiguidade, o mundo sofre com conflitos e pessoas que buscam abrigo para escapar de guerras. Atualmente, há uma repetição do passado que através de perseguições por raça, religião, nacionalidade e posicionamento político geram guerra e criam milhares de refugiados. Além do desafio de sobreviver aos conflitos, as muralhas do medo e da xenofobia, na maioria das vezes, está erguida nas fronteiras dos países escolhidos como abrigo, o que só aumenta o drama dos refugiados.   Desde a Segunda Guerra Mundial, a Síria é o país que mais gera refugiados. A Guerra da Síria teve início em 2011 e ainda não há previsões para o fim dos conflitos. De acordo com a ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados) nos últimos seis anos a guerra já causou mais de 50 mil mortes e gerou mais de 5 milhões de refugiados, desses 95% permanecem no Oriente Médio e o restante consegue entrar na Europa. Um outro problema é a tentativa de ingressar no Continente Europeu através de barcos ilegais, que carregam mais pessoas do que a capacidade permite, o que gera náufragos e afogamentos, consequentemente causando mais mortes, como ocorrido com o garoto sírio-curdo Alan Kurdi e sua família em 2015.   Além disso, quando os refugiados conseguem chegar à países desenvolvidos, sofrem também com o preconceito. A perseguição e a xenofobia normalmente fazem parte da rotina desses povos, que quase sempre encontram as portas do mercado de trabalho local fechadas. Como alternativa única para manter as necessidades mais básicas, muitos aceitam trabalhos informais com péssimas condições e salários, as crianças que representam cerca de 50% dos refugiados segundo dados da ACNUR, ficam vulneráveis ao trabalho infantil, exploração sexual.    Portanto, medidas a curto prazo são necessárias para melhorar a forma de tratamento aos refugiados. A ONU deve criar políticas com países desenvolvidos para elaborar um programa receptivo eficiente para os refugiados, que ofereça segurança no transporte das fronteiras até os países que irão recebê-los e proporcionar estadias confortáveis para habitação e convivência em grupo por quanto tempo seja necessário, proporcionando tranquilidade para os necessitados. Além disso, as ONGs locais em parceria com empresas privadas devem abrir oportunidades no mercado de trabalho regional, oferecendo salários justos aos adultos, para que os mesmos possam atender as necessidades pessoais e familiares, evitando exploração de seus filhos e possibilitando o ingresso nas escolas. Somente assim, praticando a solidariedade e oferecendo oportunidades, será possível conceber novamente a esperança na vida dos que esperam ansiosamente poder voltar para casa.