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Enviada em: 31/10/2017

Os refugiados são pessoas obrigadas a deixarem seu país devido a conflitos armados ou em razão do receio de serem perseguidos por motivos de raça, religião, nacionalidade ou opção política. Com a criação do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), alguns países membros da Organização das Nações Unidas (ONU) passaram a ter compromisso de dar proteção aos expatriados. Todavia, sustentadas por um discurso xenófobo, muitas potências mundias tornam-se perpetuadoras de um preconceito que afronta os Direitos Humanos.       Diante disso, deve-se ressaltar, num primeiro momento, o fortalecimento do nacionalismo em grande parte dos países após a crise econômica de 2008, quando predominou um quadro de retração do comércio internacional e o aumento da taxa de desemprego. Dessa forma, as sociedades passaram a olhar para si mesmas como nações individualizadas e, assim, valorizar, demasiadamente, suas unidades culturais. Aliado a esse fato, existem políticas protecionistas que infamam o estrangeiro como um "inimigo" e, além disso, o utilizam para justificar as adversidades internas de algumas nações. Ainda convém lembrar a respeito de um dos componentes da onda xenófoba: o repúdio ao islamismo. Isso deve-se ao fato de que, em grande parte do mundo, os muçulmanos são associados ao extremismo, embora estas ações violentas sejam praticadas por uma pequena parcela de adeptos.       Nesse sentido, o ufanismo reprime o princípio de um mundo solidário e, por isso, ressalta as rivalidades nacionais e políticas de segregação, as quais subordinam os refugiados a situações de humilhação. Ademais, enfatiza-se que atuação de líderes na construção de fronteiras e na aprovação de leis anti-imigratórias, dificulta, ainda mais, o acolhimento de refugiados, visto que a morosidade do processo de obtenção de asilo incita esses a optarem por travessias ilegais e por vidas sem nenhuma proteção judicial.         Portanto, a partir dos argumentos supracitados, compete à ONU reunir os países membros das Nações Unidas e propor uma política de imigração única. No novo sistema, o refugiado poderá pedir asilo no país que desejar e, além disso, terá auxílio transporte, moradia e alimentação desde a saída da nação de origem até o destino final. Outrossim, compete aos centros educacionais de todo o mundo, em parceria com sociólogos, realizarem palestras educativas com o intuito de desconstruir preconceitos culturais e ressaltar a importância da tolerância aos grupos mais suscetíveis às perseguições e às guerras. Para mais, cabe à TV aberta e às redes sociais veicularem programas que exibam a realidade dos refugiados e esclareçam a importância da contribuição financeira para programas de cunho humanitário, a saber, "Cáritas". Somente assim, ter-se-á o respeito mútuo entre os seres humanos.