Materiais:
Enviada em: 01/11/2017

O Brasil ganhou destaque ao ser um dos únicos países ao possuir uma legislação sancionada em 2017 que garanta liberdade e igualdade aos refugiados hodiernos, oposto ao casos noticiados ao redor do mundo, com a crescente onda de construção de "muros" de proteção. Entretanto, concomitante a lei, ainda não há preparo social para o recebimento destes imigrantes no país, uma vez que estes ainda enfrentam a xenofobia, a desigualdade social e o desemprego.  Sérgio Buarque de Holanda, filósofo contemporâneo, criou o conceito de homem cordial para explicar as raízes do Brasil. Neste conceito é apresentado a óptica dos estrangeiros de hospitalidade e generosidade da população brasileira. Este contrapõe-se a casos dos Venezuelanos, por exemplo, refugiados da crise de abastecimento em seu país, que ao se concentrarem no Acre vivem em estado de miséria e abandono. Torna-se evidente, portanto, que não é necessário apenas uma lei que garanta os direitos dos imigrantes, mas também de ações que visem a inserção ao mercado de trabalho, a moradia, a educação, etc através de projetos sociais e amparem de fato esses refugiados. Somado aos aspectos supracitados, o ascendente nacionalismo e etnocentrismo que vêm crescendo no país desde a Doutrina Bush - " o inimigo pode está em qualquer lugar" e o atentado aos países do Oriente, são responsáveis, entre outros fatores, pela xenofobia exacerbada no mundo todo e, principalmente no Brasil, uma vez que este sofre influências ocidentais americanas. Os fatores obstativos, neste quesito, é o desemprego e a falta de oportunidade aos expatriados, visto que os civis brasileiros vêem neles uma ameaça aos seus privilégios e não lhes dão oportunidades devidas. Infere-se, portanto, que embora haja leis democráticas aos emigrados no Brasil, este ainda possui muitos desafios a ser solucionados. Para isso, é função do Governo Federal, atrelado a ONG's e parcerias privadas, criar institutos que possuam moradia, alimentação e a educação da língua portuguesa voltada aos refugiados, além disso disponibilizar o ensino a trabalhos manuais como pintura, marcenaria, artesanato, etc, no intuito de prepararem para a vida social e ao mercado de trabalho. Tudo isso, destarte, a fim de criar um país mais isonômico para todos assim como rege as leis máximas deste país.