Materiais:
Enviada em: 27/02/2018

As migrações sempre estiveram presentes ao longo da história e concomitantemente, a xenofobia. Na Segunda Guerra Mundial, Hitler perseguiu e matou Judeus, por os considerarem uma raça inferior. Na contemporaneidade, milhões de pessoas são obrigadas a deixar seus países em busca de sobrevivência e, não obstante, são muitas vezes vítimas de discriminação e racismo. Destarte, o acolhimento dos refugiados encontram diversas dificuldades, o que se configura grave problema mundial e social.        As guerras e a violência são, sem dúvida, as maiores causas no aumento do número de refugiados no mundo, como ocorre no Afeganistão, Síria e Sudão do Sul. Estes, buscam em outros países, de forma legal ou ilegal, melhores condições de vida, visto que alguns direitos humanos não são respeitados nos seus países. De acordo com a ONU, mais de 2 milhões de pessoas deixaram seus países como refugiados apenas em 2017, o que se configura um desafio para os países que os acolherão, assim como para a adaptação destes à uma nova cultura. Ainda assim, muitos países europeus não respeitam o Estatuto do Refugiado da Convenção de Genebra, que visa proteger essas pessoas, cuja vida ou liberdade está em perigo, negando-as um direito humano universal, que é o direito de buscar asilo e desfrutar dele em qualquer país, em caso de perseguição.        É notório o receio da população européia em relação ao aumento no número de atentados pela população muçulmana, além de, em muitos países, faltar recursos para proporcionar educação à essas pessoas e a falta de empregos, devido a crise econômica que assola alguns países. Infelizmente, ainda existe muito preconceito e estereotipização dos refugiados, que são constantemente discriminados e subvalorizados. Como consequência, os índices de trabalho infantil, exploração sexual, subempregos e os índices de criminalidade aumentam, haja vista que não há a garantia de certos direitos e muitas vezes não há inclusão social e sim, exclusão dessa parcela da população que passa a integrar o pais no qual foi recebido.        Para atenuar tal realidade, é imprescindível que os países da União Européia respeitem a Convenção de Genebra. Os Estados, junto com a sociedade civil devem trabalhar juntos para tentar fazê-los se adaptar à nova cultura, através da inclusão social. Ademais, disponibilidade de educação para as crianças e os jovens se torna essencial, assim como a oferta de emprego e condições dignas de moradia, para assim, respeitar os direitos humanos. Entretanto, é necessário também maior aporte financeiro para o combate à violência e atentados terroristas, visto que países europeus ficam vulneráveis à entrada de terroristas nos países.