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Enviada em: 11/04/2018

‘A insatisfação é o primeiro passo para o progresso de um homem ou uma nação’. A frase do poeta Oscar Wilde deixa nítido o vínculo que o refugiado tem em relação ao seu país de origem: o descontentamento em relação às condições de sobrevivência, muitos desses em constante migração para a nação brasileira. Entretanto, na nação verde amarela há falta de suporte aos refugiados por parte do Governo Federal, o que torna esse quadro crescente, seja pela falta de acesso ao mercado de trabalho, ou moradia e integração social.           Em primeiro lugar, vale ressaltar que a falta de qualificação profissional contribui para a problemática. Logo, é válido analisar que o refugiado, em sua maioria, tem baixa escolaridade, assim, tem dificuldade de encontrar emprego formal e tem que optar pelo informal, resultando numa diminuição de renda familiar. Além disso, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil tem 30 mil venezuelanos em situação irregular, pois eles não têm dinheiro para pagar uma taxa de 300 reais para sua regularização. Dessa forma, nesse cenário, não conseguem comprar ou alugar uma casa e com isso leva a mendicância.              Em segundo lugar, cabe pontuar que o Brasil, embora seja reconhecido internacionalmente como acolhedor, barreiras como a cultura e a língua dificultam a vida dos refugiados em terras tupiniquins. Esse fato é comprovado pelos dados da ONU, no qual afirmam que há refugiados de 79 nacionalidades no Brasil. Dessa maneira, Governo Federal não consegue dar acesso à educação e ao ensino da língua brasileira.           Diante do exposto, é imperioso a tomada de medidas que visem a mitigar os desafios enfrentados pelos refugiados. Para isso, cabe ao Governo Federal, juntamente com o Ministério do Trabalho, firmar parcerias com empresas, para dar apoio na elaboração de currículos e cadastramento em agências de emprego, com o objetivo de aumentar de diminuir o número de refugiados desempregados. Ademais, compete ao Estado dar incentivos fiscais a construtoras e a escola de línguas, respectivamente, para construírem casas populares e dar acesso ao ensino da língua portuguesa, com o fito de promover a integração social dos refugiados. Assim, com tais atitudes, parafraseando Wilde, o primeiro passo para o progresso de um homem não será a insatisfação.