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Enviada em: 28/08/2017

"Vivemos em tempos líquidos. Nada foi feito para durar", ao pronunciar essa frase o sociólogo Zymunt Bauman, demostra que o tempo no mundo pós-moderno é efêmero, ou seja, é passageiro, devido as constantes mudanças da sociedade. Porém, isso não se aplica à justiça brasileira na qual é muito lenta devido a diversos fatores como, a quantidade de processos, a escassez de funcionários. Dessa forma, necessita-se discutir as dificuldades do poder judiciário no Brasil.      Após o advento da constituição cidadã, que ampliou os direitos houve uma maior procura pelo judiciário, somente no ano de 2011 o número de ingressos na primeira instância cresceu 7%, enquanto a população brasileira aumentou somente 1%, de acordo com o CNJ. Logo, a justiça  a cada ano ficará mais abarrotada de processos, caso não haja nenhuma solução rápida para esse problema, tornando a solução dos litígios mais demorada. Além disso, tem-se a complexidade e burocracia na forma de como deve ser realizado o processo, visto que contém inúmeros meios de recursos, o que na prática torna mais longa a espera.        Outro fator que causa a morosidade do processo brasileiro é a escassez de funcionários, segundo CNJ, na justiça estadual a média de servidores era de aproximadamente 6 magistrados para 100 mil habitantes, enquanto que nos países europeus é de 17 magistrados. Esse cenário colabora com a sobrecarga de processos no judiciário, principalmente em relação aos juízes que devem julgar inúmeros processos em uma vara, logo não tendo na maioria das vezes um magistrado exclusivo para determinada vara.       Para que se atenue o cenário problemático, portanto, o governo federal deve ampliar o número de funcionários, principalmente magistrados, diminuindo o número de processos para cada juiz, além disso a legislação necessita de uma ampla reforma, de modo a tornar o processo mais dinâmico e menos burocrático, ademais punir com mais rigor o uso de recursos protelatórios, que é utilizado como forma para retardar o processo.