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Enviada em: 26/08/2017

"A base da sociedade é a justiça." Segundo Aristóteles, o julgamento constitui a ordem da cidadania. No entanto, hoje, o Poder Judiciário tem enfrentado dificuldades para cumprir seu papel com mais eficácia. Nesse sentido, o acumulo de processos nos tribunais e a falta de cobrança pelo Estado, influencia na persistência da problemática.     Devido à cultura brasileira, muitas pessoas transformam situações mau resolvidas em uma causa judicial. Isso porque, elas garantem seus direitos no terceiro poder. Dessa forma, a má fiscalização pelas agências de defesa ao consumidor, como o PROCON, favorece a acumulação de arquivos, uma vez que, esses órgãos poderiam contribuir para que menos processos fossem levados aos fóruns. De acordo com pesquisas, cerca de 80 milhões de ações estão em tramitação.     Outro aspecto importante é a falta de cobrança do Estado. Assim, servidores públicos não se engajam efetivamente na organização e resolução dos diversos pleitos. Dessa forma, as dificuldades na administração judicial aumentam, pois, fazem com que a fila de espera cresça. Além disso, muitas vezes, grandes empresas se aproveitam do modelo em questão, fazendo com que o cidadão que passa por alguma burocracia, tenha que recorrer a Justiça para ter seu direito garantido.     Logo, é necessário que o Governo produza sistemas como criação de novas agências que cuidem dos tipos de processo separadamente, com o intuito de desacumulação. Outrossim, cabe à Mídia produzir campanhas publicitárias que incentivem a sociedade à mobilização para que a Justiça seja mais efetiva em resolver as causas em tramitação. Além disso, as instituições reguladoras devem atender aos cidadãos, fiscalizando quais processos precisam chegar ao judiciário e quais não são necessários. Somado a isso, o Estado deve cobrar dos funcionários públicos, para que eles sejam mais eficazes na organização das ações judiciais. Assim, surgirão oportunidades do terceiro poder ter menores dificuldades.