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Enviada em: 21/08/2017

O sistema judiciário brasileiro é considerado por muitos como um sistema moroso, ou seja, uma estrutura que não consegue atender às demandas da justiça dentro de um ritmo necessário. Os fatores para esse cenário são muitos e a insatisfação está presente em boa parte dos setores sociais. Do mais simples cidadão a grandes empresários, a sociedade se sente prejudicada pelas dificuldades do nosso processo legal.         Sendo assim, o alto número de processos, o quadro de funcionários e os índices de produtividade são alguns dos fatores que explicam a morosidade do nosso sistema. Por consequência, temos um sistema caro e e que se mostra bastante ineficiente. A duração de um processo submetido ao sistema  judicial depende de inúmeros fatores, como o tipo de procedimento, a complexidade do caso, tempo gasto na coleta de provas, prazos para prática de atos processuais ( como os recursos, por exemplo), desempenhando dos profissionais na condução do caso, cultura institucional, entre outros. Existem diversas razões para que todo esse processo ocorra de forma tão lenta. essas motivações não se restringem somente ao Poder Judiciário em si, mas as vezes até o sistema político em geral.       Ademais tem-se ainda a sobrecarga dos magistrados brasileiros, que não conseguem fazer o suficiente, ainda que seu desempenho esteja acima dos padrões internacionais. Segundo relatório do Conselho Nacional de Justiça, o índice de produtividade dos juízes brasileiros é um dos maiores do mundo, acima até mesmo dos juízes europeus. Enquanto o número de processos em trâmite cresce a cada ano, a quantidade de juízes não cresce na proporção necessária.       A fim de atenuar o problema e tornar o Poder Judiciário brasileiro menos moroso é necessário investir em maior uso de tecnologia, a informatização dos processos e a aplicação de novos mecanismos legais seria de grande ajuda. Há ainda um mecanismo adotado em 1988 chamado "repercussão legal", que evita que a corte julgue casos idênticos ao aplicar à instâncias interiores a mesma decisão do STF, em todos os casos idênticos.