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Enviada em: 22/08/2017

Em nossa sociedade atual, pouco se tem discutido acerca dos desafios do poder judiciário. Com a promessa dos direitos humanos, que infelizmente não passam de meras declarações poéticas, a população se contenta com os serviços prestados por nossos três poderes políticos executados no país. Sob esse aspecto, é importante compreendermos o real legado que essa problemática impõe à sociedade.    É fundamental pontuar, de início, que o maior acesso a esse procedimento em nosso país, advém da classe mais remunerada. Com o Liberalismo do século XVIII, a classe burguesa foi privilegiada e tinha acesso rápido aos processos exercidos na época, em decorrência da alta facilidade em liberar dinheiro para acompanha-los. Atualmente, o que podemos acompanhar é somente o reflexo de uma situação ocorrida a mais de 200 anos, onde nem os direitos humanos conseguem igualar e proporcionar a população mais pobre o mesmo acesso a esse método.   É fundamental pontuar, ainda, que a morosidade que acompanha os processos é um fator indubitavelmente contribuinte para a desistência de prosseguir com o fato. No nosso país, a taxa para desenvolvimento e julgamento de um processo é de 10 anos e infelizmente, com a demora de decisão da questão, muitos apresentam desistência no prosseguimento do processo e às vezes até optam por outras maneiras para resolver seus problemas, como a violência, por exemplo. Isso mostra a necessidade de transformação e mudança no nosso sistema judiciário, para que o mesmo acompanhe as transformações tecnológicas e econômicas de nosso país.   Destarte, a maior demanda de processos no setor judiciário é um agravante ao convívio da sociedade e, como tal, deve ser sanado. Assim, urge a necessidade do Governo atuar na maior formação de juízes e outros profissionais de justiça, para que eles possam acompanhar e atender a crescente demanda dos casos. Além disso, ainda cabe ao Governo investir na defensoria pública, pois as poucas que existem estão sobrecarregadas para a resolução da grande demanda de processos públicos, contribuindo ainda mais para a lentidão da resolução dos impasses. Dessa maneira, os cidadãos se tornarão cada vez mais iguais perante a lei.