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Enviada em: 23/08/2017

Montesquieu, filósofo iluminista, propôs a divisão do estado em 3 poderes independentes, visando a ordem. Por consequência, no Brasil, tal organização ainda se encontra vigente. Porém, diversos entraves no judiciário colocam em cheque a credibilidade do estado. A crise desse poder é um problema, visto que o seu mau funcionamento enfraquece a democracia, além de prejudicar o funcionamento dos outros poderes.    Em primeiro plano, é possível afirmar que a sensação de injustiça oriunda de julgamentos precários debilita o viés democrático. A eficiência de casos envolvendo pessoas ricas, em contraste com a lentidão dos mesmos envolvendo pessoas pobres são características desse problema. Para ilustrar podemos citar a absolvição do filho do Eike Batista, que causou repercussão negativa na sociedade.    Além disso, a crise do judiciário tem afetado os outros dois poderes, por mais independentes que sejam, teoricamente. Muitos membros do senado lançam mão de suas destrezas políticas para acharem brechas no judiciário, tornando tal crise mais grave do que se parece, visto que afeta o legislativo e executivo. Por exemplo, o recente caso de Eduardo Cunha mostra que manobras políticas são viáveis com um judiciário fragilizado, perpetuando a ação de muitos corruptos no poder.    Em síntese, conforme supracitado, problemas envolvendo o judiciário tem sido o motivo de diversos problemas, refletidos na sociedade e na política. Sendo assim, medidas são necessárias para a resolução desse impasse. Cabe ao executivo, a criação de orgãos fiscalizadores de julgamentos, que não interfiram, mas que possam alertar e acusar casos de falta de ética e corrupção quando necessário, visando igualdade judicial a todos os cidadãos. Cabe também a OAB a criação de núcleos de defesa a prática imprópria da política, adotada por muitos, buscando preparar profissionais para lidar com casos que envolvam autoridades políticas.