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Enviada em: 24/08/2017

No século XVIII, Montesquieu formulou a teoria dos três poderes e publicou em seu livro "O Espírito das Leis". O filósofo francês propôs a divisão tripartite, a qual deveria basear-se no equilíbrio entre a autonomia e a intervenção nos demais poderes. Mas, atualmente, o judiciário se sobrecarregou devido ao acúmulo de processos, isso se deve à recorrência por parte do cidadão às decisões judiciais.      A quantidade de processos aguardando julgamento é demasiada para o número de juízes aptos para sentenciá-los, são 80 milhões para 16 mil, segundo a presidente do STF, Cármen Lúcia. Essa demora provém, muitas vezes, da ineficiência e da má administração do serviço público, que negligencia a população e as suas necessidades, colocando-as em segundo plano.    Além da indiligência judiciária há pessoas que dificultam a tramitação processual no país. De acordo com o ministro Gilmar Mendes, a sociedade brasileira fomentou uma cultura judicialista, pautada nas decisões judiciais para que seu direito, enquanto cidadão, fosse reconhecido, isso fez com que houvesse um acréscimo do número de processos.     Apesar das dificuldades, a máquina judiciária administrativa é capaz de responder às demandas da população. Para isso, é necessário que o Procon e demais agências reguladoras trabalhem em prol de solucionar pequenos conflitos, para que esses não se transformem futuramente em processos. Além disso, torna-se imprescindível a realização de encontros e congressos nacionais de juristas para que sejam discutidos métodos de a Justiça brasileira dar resposta às necessidades do cidadão e imprimir celeridade aos julgamentos. E a sociedade deve buscar vias alternativas para resolver embates e desavenças para, assim, equilibrar a tripartição dos poderes e manter o respeito e a harmonia propostos por Montesquieu.