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Enviada em: 28/08/2017

Com o avanço tecnológico, o aumento da população, e as mudanças do perfil da sociedade, agora com uma maior oferta de informações, obteve-se a formação de cidadãos mais conscientes de seus direitos e deveres. Um reflexo desta transformação está no crescente número de processos judiciais no Brasil. O problema é que com a ciência, também tornou-se cultural, a qualquer tipo conflito, ser resolvido pelo sistema processual tradicional, desprezando assim, ferramentas de extrema relevância como as conciliações judiciais. Juntamente, a morosidade do poder judiciário em julgar a demanda de ações, tem levado a muitos brasileiros ao desencorajamento pela busca de soluções para seus desacordos, gerando grande insatisfação popular no poder judiciário brasileiro.            A popularização da internet e outros meios de comunicação, indubitavelmente, contribuíram para a formação de uma sociedade mais ativa, no que se diz respeito à luta por seus direitos. Órgãos como o Procon recebem milhares de reclamações diariamente, porém, após a não resolução dos conflitos de maneira amistosa entre os envolvidos, o mesmo encaminha para o judiciário, uma vez que criou-se a ilusão desacertada de que a conciliação não seria a via mais compensatória para ambos os lados, sobrecarregando o poder jurídico brasileiro. Assim, pequenas causas que poderiam ser solucionadas rapidamente, acumulam-se nas varas judiciárias.       Em contrapartida, a morosidade na resolução das ações, gera grande insatisfação na população, desestimulando-os, em algumas situações, a não buscar pelos seus direitos devido ao desgaste e o  alto custo dos processos, resultando no agravamento da situação inicial. Ademais, a lentidão da justiça esta intimamente ligada falta de informatização dos processos, uma vez que o sistema não acompanhou as transformações sociais, assim como a quantidade insuficiente de magistrados responsáveis por julgar as causas, segundo a Associação Brasileira de Magistrados (AMB), tornando assim inerte o cenário atual.        Diante do exposto, medidas precisam ser tomadas para a resolução do impasse. Cabe ao Governo Federal em parceria com o Tribunal de Justiça, a expansão de projetos como as Unidades Avançadas de atendimento Judiciário, que tem por finalidade à agilização processual através da conciliação, a ampliação do quadro de juízes nos Estados Brasileiros, e também a informatização dos processos, visando o melhor atendimento aos cidadãos brasileiros. Cabe também a sociedade, a conscientização sobre a importância da conciliação judicial, já que é mais acessível e célere, evitando assim o prolongamento dos processos mais simples no sistema recursal brasileiro e assim, por consequência, acelerando os mais complexos.    A ausência de uma instância minoritária capaz de solucionar pequenas causas celeremente contribui  significativamente para o acúmulo processual no país.  Apesar da existência de órgãos como o Juizado Especial Civil (JEC),    A insatisfação da população quanto