Materiais:
Enviada em: 26/08/2017

Crise no Judiciário: causas além do visível.       Com a Constituição de 1988 o Governo brasileiro passou a ser dividido em 3 Poderes: o Legislativo, o Judiciário e o Executivo, modelo já proposto por Montesquieu no período do Iluminismo. O Judiciário exerce o papel fundamental de buscar equilibrar os outros dois Poderes, fiscalizando e julgando quanto ao cumprimento da lei. Entretanto, no Brasil hodierno, esse Poder passa por uma crise que é avaliada de forma agravante. Tal situação, se intensifica, quando se observa a morosidade da justiça, e sobretudo, a grande influência que a educação brasileira precária exerce sobre esse impasse.           À vista disso, infere-se que a lentidão da justiça ocorre, em especial, devido à escassez de profissionais capazes de executar esses julgamentos. Nessa óptica, a demanda que a quantidade de processos necessita não se equipara a quantidade de juízes, dessa maneira, muitas ações, demoram anos para serem resolvidas. O pior é que, a maioria delas são causas simples, a exemplo relacionados a herança ou reclamações do consumidor, que poderiam ser resolvidas por outros intermédios, como o projeto “Estratégia Nacional de não Judicialização” criado pelo governo a fim de resolver causas menores através de conciliação ou negociação, sem leva-las para o Judiciário.         Ademais, é notável destacar também a influência da educação na situação atual. Por infelicidade, a maioria das crianças brasileiras não recebem na escola um ensino voltado para o cultivo de valores, como a ética, e como consequência, tornam-se adultos movidos pelo capitalismo e tendentes a uma conduta errônea, o que os leva a cometer ato imprudentes, ocasionando em processos judiciais por parte da vítima. Tal pensamento pode ser confirmado por Karl Marx, ao afirmar que quando o lucro se faz o objetivo principal, os valores sociais são perdidos.      Sob esse prisma de arestas conflituosa, é imprescindível a necessidade de ações mútuas entre o Ministério da Justiça aliado ao Governo, e o MEC, a fim de atenuar as sequelas e otimizar as perspectivas oriundas desse problema. Para tal, o Ministério junto ao Governo deve ampliar a criação de projetos como o supracitado, a fito de amenizar a quantidade de processos levados para o Judiciário, e dá mais acesso à justiça para a população. Por fim, é imprescindível que o MEC adote na grade curricular das escolas a disciplina de Educação Moral, cultivando nos alunos os valores, como respeito e a própria ética, para que, assim, cresçam cidadãos corretos, o que afetará diretamente, de maneira positiva, o número de processos judiciais.