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Enviada em: 02/09/2017

A inércia da justiça   Quando o filósofo Aristóteles afirma que “A base da sociedade é a justiça”. Pressupõe, que o julgamento constitui a ordem social e se esse órgão não atua corretamente, nasce o caos social. Nesse aspecto, as dificuldades do poder judiciários no Brasil, causa um sentimento de impotência e impunidade na sociedade.    Em primeiro plano, percebe-se que o acúmulo de processos gera um sentimento de impotência nos brasileiros. Nesse viés, em 2009, no Brasil existia aproximadamente 80 milhões de processos não julgados, o que aumenta a superlotação nas carcerárias e esses indivíduos ficam longos períodos esperando sua audiência. Dessa maneira, a sensação de impotência cresce nos cidadãos que começam a descrer na justiça.    Além disso, a impunidade se torna presente e casos de justiça com as próprias mãos são constantes. Assim, com o excesso de processos para o poder judiciário dar o veredicto, muitos demoram anos para serem julgados e acabam impunes, por certo aumentando a criminalidade. Logo, figuras televisivas como o Demolidor, que aplicam justiça da forma que preferem vem a tona na realidade e demonstram os sentimentos mais bárbaros das pessoas, esquecendo os princípios dos Direitos Humanos.   Logo, parafraseando a primeira lei de Newton, se nenhuma força for aplicada essa problemática se manterá em inércia. Portanto, cabe ao Conselho Nacional de Justiça a realização de mutirões carcerários, onde serão julgados diversos processos com a participação de vários juízes, assim auxiliando na efetividade da justiça. Ademais, para reduzir os casos acumulados no setor judiciário, as Secretarias da Justiça podem atuar na resolução de casos mais simples, primeiramente tentado a conciliação de interesses quando possível e a posteriori aplicando seu julgamento. Dessa forma, como dito por Aristóteles a sociedade terá orgulho de ter como base a justiça do seu país.