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Enviada em: 28/08/2017

Os povos civilizados sempre contaram com a intervenção estatal para solucionar suas desavenças interpessoais e conseguir a pacificação de seus conflitos. Entretanto, o poder judiciário brasileiro precisa superar alguns obstáculos a fim de concretizar o sentimento de justiça na vida de seus indivíduos.             Um dos problemas apresentados pelos órgãos jurisdicionais é a lentidão para concluir as questões que lhe são apresentadas. Há processos que passam décadas sem uma decisão definitiva. Tais situações contribuem para o aumento, no seio da sociedade, de sentimentos eivados de vingança e ódio, podendo culminar na inaceitável "justiça com as próprias mãos".             Outra barreira a ser superada pelo braço jurídico pátrio, em busca da desejada eficiência no serviço público, é o seu elevado custo operacional, pois os juízes brasileiros estão entre os agentes públicos mais bem remunerados e que ainda recebem polêmicas verbas conhecidas como auxílio-moradia, conforme críticas frequentemente apresentadas nas mídias televisivas e escritas. Desse modo, os recursos governamentais serão sempre insuficientes para o aparelhamento e a contratação de outras espécies de profissionais para auxiliar a atividade jurisdicional.             Para se alcançar, portanto, mais celeridade e precisão nos resultados das controvérsias apresentadas pelo contribuinte ao Estado brasileiro, faz-se necessária a adoção de tramitações processuais mais ágeis, como o processo judicial eletrônico, além do fortalecimento do quadro dos funcionários da área de apoio através de mais contratações e melhor treinamento. Dessa forma, por intermédio de uma melhor gestão do seu orçamento, o poder judiciário, sem incrementar os já elevados salários dos magistrados, conseguirá superar as dificuldades que impedem um melhor exercício de seu mister.