Materiais:
Enviada em: 03/09/2017

No Brasil, a Justiça tarda e falha                                         O Poder Judiciário brasileiro enfrenta enormes dificuldades, principalmente o acúmulo de processos não resolvidos e o mal solucionamento de outros. E a solução para tais problemas passa diretamente por uma mudança radical em todo o sistema.    Para se agilizar o julgamento de processos que estão na fila há anos (somente em 2011, 80 milhões de processos tramitaram na Justiça), deveria-se diminuir a burocracia no país. Já que a maioria desses casos sem uma decisão judicial emperra em questões burocráticas, que poderiam ser facilmente resolvidas se houvesse, por exemplo, um sistema de julgamentos online, permitindo que muitos casos fossem resolvidos em questões de minutos, sem a presença obrigatória de um juiz, réu, vítima e advogados numa mesma sala. Mas para um funcionamento pleno desse sistema, alguns crimes deveriam ter punições automáticas (semelhante ao que ocorre nos esportes, quando algum jogador é expulso), como ilustração, seria possível que o criminoso pego em flagrante realizando um furto, fosse punido automaticamente com cinco anos de prisão. Assim, nesse último exemplo, a ocorrência não precisaria ser julgada por um juiz.    Mas isso não resolve o maior dos problemas: a impunidade. No Brasil, é comum que criminosos saíam impunes, e a solução disso não cabe somente ao Poder Judiciário, mas também ao Legislativo - que deveria elaborar leis mais rigorosas, permitindo uma quantidade mínima de interpretações à elas - e ao Executivo, ao qual não deve liberar leis e acelerar processos que sejam somente do interesse daqueles que governam o país, e não do benefício público, como foi o caso da reforma da previdência.      É essa realidade que  invalida o famoso ditado, "a Justiça tarda, mas não falha". Pois o Brasil é detentor de um sistema judiciário ineficiente, que se tornará efetivo somente quando houver mudanças radicais, pensadas exclusivamente no bem estar social.