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Enviada em: 16/09/2017

"Aos amigos tudo, aos inimigos a lei". Apesar dessa frase ter sido proferida pelo ex-chefe do executivo Getúlio Vargas, esse pensamento estende-se a maioria dos brasileiros. Dessa forma, a principal dificuldade do judiciário é possuir um carácter sancionista atrelado a um Estado extremamente burocrático.        Convém frisar, primeiramente, que sanção no sentido de ação punitiva confere lentidão processual. Porque a justiça não é profilática, logo precisa ser acionada para aplicar-se e apresenta uma metodologia gradual necessitando de tempo hábil para a execução de cada etapa. Então, esse cunho penal de ação e reação delonga a dinâmica jurídica.        Ademais, esse traço de oficialidade administrativa propicia um inchaço no número de questões judiciais. Uma vez que a maioria das querelas encontradas pela sociedade são levadas a mediação dos juízes. Essa natureza advém da internalização e propagação da teoria de Durkeim, na qual acredita-se que a institucionalização da vida cidadã propulsiona a Nação por racionalizar o cotidiano. Por isso, encontra-se cada vez mais arquivos magistrados.          Portanto, a morosidade túrgida é a problemática central do Judiciário do Brasil. É mister que o Ministério da Justiça invista no setor jurídico com melhorias na infraestrutura e aumento da mão de obra qualificada, através de mais concursos públicos não só para função de juiz, mas também de auxiliar. Além disso, é preciso que haja uma desburocratização dos processos por parte dos tribunais regionais ,com terceirização dos intermédios pessoais, dando mais autonomia as agências reguladoras e as ouvidorias das empresas. Afinal, a balança de Têmis ,simbolo da justiça, está pesada demais.