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Enviada em: 20/09/2017

Justiça injustiçada        80 milhões de processos em 2009. Uma questão judicial para cada 2,3 cidadãos. Esse quadro mostra com a realidade judicial brasileira é alarmante, dado que se encontra saturada. Tal fato é preocupante, já que em com esse contexto a justiça não consegue trabalhar de maneira plena, prejudicando a população. Dessarte, há de se entender tal problemática, a fim de minimizá-la.        À vista disso, deve-se considerar o Contrato Social do filósofo Hobbes, o qual define que o povo prefere trocar a sua liberdade em troca de segurança. Contudo, o Estado brasileiro não a assegura, o que resulta em uma conjuntura desarmônica. Por conseguinte, os indivíduos têm seus direitos desrespeitados, o que os leva, muitas vezes, a realizar processos. Dessa forma, o Judiciário é sobrecarregado e não consegue funcionar eficientemente, assim, a justiça acaba não sendo feita. Essa questão fomenta mais processos, dado que os primeiros não foram devidamente finalizados. Nesse viés, há a formação de um ciclo vicioso que se perpetua, sendo essencial erradicá-lo.        Acresça-se a isso as medidas neoliberais implantadas no país durante o governo de FHC, as quais, retiraram, em parte, as obrigações do Estado com a população, que fica desamparada e se torna propensa a ser abusada em relações comerciais, já que as leis dos consumidores são falhas. Além disso, o órgão de defesa ao consumidor, o PROCON, encontra-se precário e, logo, não atende devidamente aos cidadãos. Essa conjuntura leva as pessoas a recorrerem ao Poder Judiciário, que é cada vez mais inflado e que não possui o número de funcionários suficiente para receber tal demanda. Assim, forma-se uma sociedade sem coesão, observando-se fundamental modificar tal situação, para a qualidade de vida da nação.        Sendo assim, é primordial remodular o macrocosmo social brasileiro. A esse propósito, cabe ao Poder Executivo garantir o bem-estar de todos, através da criação e da melhoria de órgãos públicos, como o PROCON, especializados para cada ramo de atuação social, que fiscalizem estabelecimentos que prestem serviço ao povo, com o objetivo de que os indivíduos possam resolver seus problemas sem ter que recorrer ao judiciário de maneira imediata, o desinchando. Ainda, é de responsabilidade da mídia expor a realidade dos trabalhadores do Poder Judiciário, por meio de documentários que evidenciem que eles não têm como dar conta de tanto trabalho, com o intuito, de que a população se conscientize e lute por um melhor atendimento governamental, por intermédio de protestos. Desse modo, a humanidade poderá se reinventar em um mundo mais justo. Analogamente, segundo Martin Luther King, “uma injustiça em um lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo lugar”.