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Enviada em: 22/09/2017

Constituindo um dos três poderes que formam o sistema democrático brasileiro, o Poder Judiciário é responsável por julgar e interpretar as causas, garantindo que a Constituição seja devidamente cumprida. Contudo, esse sistema, conforme está estruturado atualmente, é extremamente caro e, paradoxalmente a isso, não tem suportado toda a demanda da população brasileira, mostrando-se, por vezes, ineficaz.  O Judiciário brasileiro é um dos mais caros do mundo: segundo a pesquisa de Luciano da Ros, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, no estudo chamado O Custo da Justiça no Brasil, de 2014, à época, cerca de 1,2% do PIB do Brasil era destinado ao Judiciário. Isso é quatro vezes o que a Alemanha, por exemplo, que apresenta um sistema mais eficiente que o brasileiro, gasta proporcionalmente ao seu PIB, com 0,33%.  O custo exacerbado do Judiciário não seria tanto um problema caso ele funcionasse corretamente, isso se dá por conta de que dos mais de 450 mil funcionários desse poder, apenas 17 mil são juízes, segundo o CNJ. O resultado disso: um dos sistemas judiciários mais lentos do mundo, conforme analisado pelo Banco Mundial, ocupando o 33º lugar no ranking.  Outro fator que vem a somar para esse quadro atual está ligado à dependência que se criou da população sobre a atuação judicial. Muito por conta, também, da complexa burocracia que o país apresenta, instituiu-se uma cultura em que recorrer a um tribunal se tornou sempre a melhor opção. Isso tem gerado um número exorbitante de casos a serem julgados muito superior a quantidade de juízes disponíveis no Brasil.  A manutenção de um estado de direito está diretamente ligada a um bom funcionamento do seu Poder Judiciário, daí a necessidade de se estabelecer medidas que busquem reverter o atual cenário brasileiro. Para isso,