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Enviada em: 25/09/2017

Reflexos negativos       Como um dos três poderes propostos por Montesquieu, o Judiciário serve para fiscalizar e aprimorar os poderes Judiciário e Legislativo que o acompanham, assim como manter um equilíbrio por parte do Estado evitando a tirania. Porém, apesar disso, o Brasil tem hoje grandes dificuldades com sua máquina pública e sociedade, o que, infelizmente, deixa graves problemas para os juízes, advogados, promotores e responsáveis pela interpretação das leis brasileiras.       Para o filósofo Durkheim, a sociedade funciona como um organismo vivo, no qual, quando uma parte apresenta problemas de funcionamento todas as outras sentem seu efeito. Analogamente, pode-se observar que os três poderes propostos por Montesquieu fazem parte desse sistema. Assim, quando parte dele apresenta problemas os outros sofrem, o que é no caso do Brasil, onde os governos, ministros, deputados e vereadores mostram-se atolados em casos de corrupção, sem representatividade e sem efetividade. Tal realidade sobrecarrega a justiça de casos para fiscalizar dos outros poderes, atrasa casos populares, impede a fiscalização do poder judiciário por não ter quem o faça  e cria demanda excessiva na justiça, pois esse domínio é visto como o único que pode solucionar os problemas.       Além disso, como dito pelo autor Zygmunt Bauman, tem-se hoje no mundo pós-segunda guerra uma sociedade que contém a modernidade líquida, ou seja, um conjunto de instabilidade, egoísmo e individualismo. Dessa forma, os indivíduos se sentem inseguros e procuram encontrar certezas, assim como têm uma perspectiva que leva a falta de diálogo, gerando judicialização de todos os problemas por não saber resolver os conflitos sem um poder maior e para satisfazer sua necessidade de solidez. Tal modo de resolução sobrecarrega a justiça de casos e lhe dá um papel além do planejado.       Logo, compreende-se que o Brasil apresenta problemas nos seus poderes e na sociedade que afetam o funcionamento pleno do Poder Judiciário. Para combater essa problemática, cabe à sociedade com ajuda da Ordem dos Advogados dos Brasil e do próprio STF realizar com urgência uma reforma política popular com medidas propostas por especialistas e aprovadas com plebiscito e tendo como referência democracias estáveis como a norte americana e europeia para melhorar a atuação do corpo de 3 de bases, o que já alivia o poder judiciário e o torna capaz de pensar em reformas internas em seus processos como forças tarefas que façam a mediação de conflitos. Concomitantemente, as instituições de ensino deve preparar os futuros adultos os ensinando a dialogarem e resolverem seus conflitos com diálogo. E assim, diante dessas medidas, garantir impedir reflexos negativos no Judiciário.