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Enviada em: 11/11/2017

A Teoria da Burocracia estabelecida por Weber, na primeira metade do século XX, veio para formalizar e estabelecer regras administrativas nas empresas. Em princípio, essa Teoria trouxe uma formalidade que, por vezes, faz o trâmite administrativo ser trabalhoso e lento, principalmente no setor público. Essa é a realidade percebida nos diversos Tribunais Brasileiros que  revela, na verdade, uma disfunção da Teoria desse Sociólogo Alemão.         A intenção dessa Teoria foi registrar dados fundamentais, mas que não eram anotados, como em uma simples ficha com informações dos empregados. Isso pode ser visto hoje nas diversas Varas dos Tribunais por todo o Brasil em que tudo é anotado para formar os volumes processuais. Todavia, todo esse protocolo faz a máquina administrativa prosseguir lentamente e as partes interessadas na causa precisam de paciência até o veredito final, como no caso de um divórcio litigioso que demora anos na justiça até a sentença.       Em um outro ponto sobre o tema, percebe-se que não é só a tramitação do processo é que faz o ele se arrastar, mas também os poucos funcionários no judiciário. Em Tribunais com previsão para dez Técnicos Judiciários, só cinco estão trabalhando sobrecarregados do serviço corriqueiro e com funções a mais, como no TJPE na comarca de Olinda. Dessa forma, as fases processuais ficam vagarosas causando uma espera interminável até a solução da ação pretendida, com, por exemplo, no caso do Goleiro Bruno que demorou anos até a sentença da sua prisão.              Assim, o Poder Judiciário precisa investir na modernização dos seus processos trazendo-os para a plataforma digital na web, pois isso diminuiria a papelada. Bem como a contratação dos aprovados em concursos que, inclusive para os mais dedicados, poderiam trabalhar no andamento dos processos na comodidade da sua casa através do portal digital do tribunal. Com isso a Teoria de Weber pode ser colocada em prática, mas sem tornar tudo dificultoso no caminho processual.