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Enviada em: 06/10/2017

Para Martin Luther King, a injustiça em um lugar qualquer é uma ameaça à justiça em todo o lugar. Nesse prisma é notório observar que o Poder Judiciário no Brasil passa por muitas dificuldades, tanto por conta da morosidade, que acaba trazendo sensação de impunidade, quanto pela falta de servidores e filtro de procedimentos judiciais por estes, que acabam contribuindo para a ameça em todo o país.     Embora exista uma demora para que a decisão tramite em julgado, ainda sim, os brasileiros têm acreditados na força da justiça. É indubitável que três fatores colaboram para essa delonga: a falta de habilidades de outros órgão em solucionar conflitos, pela falta de capacitação dos servidores; o excesso de busca da justiça, quando as partes não entram em um acordo; e o fator de serem três instâncias recursais, sendo que, nos dias de hoje, banalizou-se o uso do Supremo Tribunal Federal, que a princípio teria apenas a competência de julgar as violações à Constituição Federal, mas virou o que chamam hodiernamente de "quarta instância".        Segundo dados recentes, o Brasil conta com aproximadamente 80 milhões de processos, remetendo a 5 mil processos para cada magistrado (16 mil juízes), sem contar que são poucos servidores, como técnicos e analistas, adiando cada dia mais as decisões; essa insuficiência de servidores ocorre em todos os tribunais.     O Estado deve, portanto, fazer uma Reforma do Poder Judiciário, onde capacite e aumente o número de servidores; que seja usada a tecnologia para ter respostas mais rápidas como videoconferência, por exemplo. A mídia deve fazer campanhas sistemáticas incentivando conciliação. E  integrantes dos tribunais devem fazer palestras, não só onde hajam estudantes de direito como em escolas públicas, câmaras de vereadores e locais onde tenha pessoas com menos instrução, para que procurem soluções alternativas para suas lides. Pois, para o jornalista Henri Lacordaire, entre os fortes e fracos, entre ricos e pobres, entre senhor e servo é a liberdade que oprime e a lei que liberta.