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Enviada em: 07/08/2019

A saúde é um direito de todos e dever do Estado, a qual é um ponto fundamental da Constituição de 1988. No entanto, historicamente, certas minorias subjugadas sofrem restrições a sua cidadania, como o acesso à saúde, em virtude da exclusão social oriunda, entre outros casos, de fatores socioeconômicos e de orientação sexual.        Deve-se pontuar, de início, que o Sistema Único de Saúde (SUS) tem a função primordial de oferecer serviços às parcelas mais pobres da população. Porém, a exclusão é marcante no que tange aos atendimentos feitos em hospitais públicos, os quais requerem um processo de triagem longo que agrava o tempo de espera para uma consulta, colocando em risco a vida das pessoas em estado grave. Tal cenário vai de encontro com a realidade de quem possui convênios pagos que recebem tratamentos rápidos e eficientes.       A posteriori, deve-se destacar a dificuldade que muitos indivíduos têm de doar sangue em virtude da sua orientação sexual. A diversidade de tipos sanguíneos existente favorece a recuperação de pacientes que esperam por doações, porém, a minoria composta por gays, lésbicas, bissexuais e travestis é barrada nos hemocentros por não seguirem padrões de vida socialmente aceitos. Consequentemente, de acordo com a revista IstoÉ, mais de 18 milhões de litros de sangue são desperdiçados em nome do preconceito.        Destarte, as inúmeras formas de exclusão colocam em risco a vida de muitas pessoas. Portanto, cabe ao Ministério da Saúde aperfeiçoar o sistema de triagem, por meio da contratação de mais profissionais, além de fiscalizar o andamento e a qualidade dos serviços prestados nos hospitais públicos. Por fim, os hemocentros podem testar a qualidade do sangue de forma mais detalhada, a fim de permitir que todas as minorias sociais tenham o seu direito à saúde garantido, bem como as outras parcelas da sociedade brasileira.