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Enviada em: 07/08/2019

De acordo com o historiador Leandro Karnal, é bárbaro todo aquele que coopera com a exclusão do próximo. Nesse sentido, encaixa-se o contexto sobre as formas de marginalização e seus impactos sobre a saúde do brasileiro, devido ao não reconhecimento das minorias e a falha de um Estado imparcial. Desse modo, medidas sociopolíticas devem ser debatidas e compreendidas, uma vez que a educação reflexiva e o ampara ao cidadão são os fatores essenciais para o bem-estar.         Nessa circunstância, a educação de senso crítico é o fator principal no desenvolvimento de um país. Hoje, ao ocupar uma boa posição na economia mundial, seria racional acreditar que o Brasil possui um sistema de ensino eficiente. Contudo, a realidade é justamente o oposto, e esse contraste de desenvoltura é refletido na desqualificação assistencial. Sob esse âmbito, segundo o site UOL, essa realidade é justificável, já que cerca de 55% dos brasileiros ao desaprovarem o auxílio prestado no setor público afastam-se da saúde básica. Dessa forma, uma analogia com a educação libertadora proposta por Paulo Freire torna-se possível, uma vez que defendia um ensino capaz de estimular a reflexão e em seguida libertar o indivíduo da situação a qual encontra-se sujeitado, a segregação.         Outrossim, ainda que a Constituição Cidadã assegure direitos imprescindíveis, faz-se primordial a fiscalização por parte das camadas sociais para um cumprimento efetivo de sua real função. Segundo o filósofo Jhon Locke, a política deve ser usada de modo que, por meio de um convênio social, o bem-estar seja alcançado. No entanto, devido a inadequação de programas assistenciais, é perceptível que o aparato estatal rompe com essa harmonia, uma vez que desampara o indivíduo. Nesse sentido, não é dever do Estado proteger o cidadão do mal causado a si mesmo, e sim defendê-lo do que possam fazer contra ele, visto que negar o dever da responsabilidade é, de fato, direcionar o gerenciamento à negligência. Dessa maneira, urge a necessidade de uma saúde básica inclusiva e de fácil acesso.       Convém, portanto, medidas para reverter tal situação. Desse modo, é preciso atuação mútua entre Estado, educação e população. A esfera maior, por meio da sua autonomia, deverá investir na capacitação de profissionais, criando projetos que durante a preparação acadêmica a percepção do acolhimento profissional seja estimulada. É imprescindível também, que a escola promova a formação de cidadãos que respeitem as diferenças e valorizem a diversidade, por intermédio de palestras e debates em grupo, que envolvam a família, a respeito desse tema, visando ampliar a cortesia entre a comunidade escolar e inclusão social. E a sociedade, por fim, necessita tomar conhecimento dessa problemática mediate as pesquisas autônomas para tornar-se o órgão regulador do meio. Assim, a exclusão narrada por Leandro Karnal será superada.