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Enviada em: 09/08/2019

A partir do século XVIII, surgiu na Europa um movimento intelectual, o Iluminismo, baseado nos ideais de igualdade, liberdade e fraternidade. No entanto, quando se observa as formas de exclusão e os impactos sobre a saúde brasileira, percebe-se que esses ideais estão sendo utilizados de maneira errada, tornando-se uma questão a ser discutida em todas as instâncias da sociedade. Nesse sentido, o não acesso de toda população e a falta de investimento na saúde, configuram-se um grave problema social.                    Sob esse viés, o não acesso da população ao sistema de saúde impulsiona essa adversidade. De acordo com o filósofo suíço Rousseau, essa situação configura-se como uma ruptura do contrato social, já que o governo não garante o bem-estar da população. Algo deplorável, tendo em vista que o direito à saúde foi uma conquista do movimento da Reforma Sanitária pela CF/88, cujo artigo 196 dispõe é direito de todos e dever do Estado, porém muitos são excluídos como negros, população LGBT, pobres e minorias étnicas, na qual demanda imediata resolução.                           Além disso, a falta de investimento na saúde intensifica essa problemática. Ao pagar impostos diretos e indiretos que compõem o sistema tributário nacional uma parcela deve ser destinada para os serviços essenciais, entre os quais a assistência à saúde prestada pelo SUS, porém o que se percebe é uma carência de profissionais e medicamentos em hospitais e ubs. É inadmissível, haja vista que o governo deve garantir o bem-estar público de qualidade, porém nem se quer os recursos advindos dos impostos pagos pela população são aplicados na saúde.                               Para que os ideais de igualdade, liberdade e fraternidade, portanto, sejam utilizados de maneira correta, é fundamental que o Ministério da Saúde invista em profissionais capacitados e forneça medicamentos necessários de acordo com a demanda de cada município para os hospitais públicos, por meio de licitações e necessidades locais. Espera-se com isso, um acompanhamento mais preciso do governo nas macrocefalias da saúde pública, podendo, assim, garantir um bem-estar social.