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Enviada em: 09/08/2019

A Declaração Universal dos Direitos Humanos - promulgada em 1948 pela ONU - assegura a todos os indivíduos o direito à saúde e ao bem-estar social.No entanto,ao analisar o contexto atual da sociedade brasileira,é evidente que esse princípio universal não é efetivo na prática,uma vez que no sistema de saúde pública é perceptível as diversas manifestações de exclusão social à grupos minoritários.Nesse sentido,deve-se analisar como a negligência estatal e a falta de empatia da sociedade impulsionam tal problemática.    Em primeiro lugar,vale salientar o descaso governamental em relação à saúde pública.Segundo o contratualista John Locke, é dever do Estado garantir que todos os cidadãos gozem dos direitos naturais essenciais ao ser humano.Nesse viés,no tocante a indivíduos marginalizados socialmente como negros e os grupos LGBTQ+ o poder público se omite e não corrobora para que esses indivíduos usufruam dos princípios constitucionais básicos.Tal fato ocorre devido a pouca qualificação profissional  dos servidores da saúde em prestar um atendimento coerente e adequado a esse público sem quaisquer formas de discriminação.Consequentemente,esses indivíduos ficam vulneráveis a desenvolver problemas psicológicos comprometendo,assim,o seu bem-estar.    Outrossim,é válido ressaltar o despreparo civil em conviver com as diferenças no âmbito social.Diante disso,o escritor José Saramago,em sua obra "Ensaio sobre a cegueira",descreve uma sociedade que torna-se cega frente às demais realidades sociais.Sob tal ótica,os preconceitos manifestados de diversas formas na sociedade são naturalizados,o que favorece com a exclusão das minorias.Isso reflete na qualidade de vida desses indivíduos,visto que não conseguem integrar nas demais áreas sociais e,posteriormente,acabam por comprometer ser desenvolvimento físico e mental,na qual gera diversos problemas na vida social dessas minorias.   Infere-se,portanto,que é imprescindível medidas para mitigar  todos os tipos de exclusão social vivenciados na saúde pública brasileira.Logo,cabe ao Ministério da Saúde -ramo do Estado responsável pela saúde pública - promover cursos de  capacitação aos profissionais da área para que possam atuar de forma efetiva com todos os grupos sociais,por meio de graduações específicas em saúde coletiva,a fim de facilitar os atendimentos e prestar um serviço igualitário para toda à sociedade.Ademais,o Ministério da Educação deve incluir na grade curricular dos docentes palestras e atividades lúdicas que desenvolva o senso o crítico diante de todas as diferenças sociais,por intermédio da disciplina de Sociologia,com o fito de formar cidadãos aptos a viverem em coletividade em prol do bem-estar do outro.