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Enviada em: 11/08/2019

A exclusão social é um problema enfrentado pelas diversas minorias em território nacional: sejam elas étnicas, sexuais ou econômicas. Por sua natureza discriminatória, a exclusão pressiona o cidadão a passar por situações constrangedoras em espaços públicos, atingindo negativamente o sistema de atendimento de saúde. Desta forma, a barreira da exclusão não só traz ineficiência ao atendimento, como mata pessoas indiretamente.       O Sistema Único de Saúde, estruturado na constituição de 1988, prevê atendimento igualitário para toda a população, visando seu bem-estar por prevenir e prover terapia a enfermos em qualquer nível de comprometimento. Contraditoriamente, uma pesquisa do PPSUS em 2017 aponta a prática de xenofobia, racismo ou homofobia por 60% profissionais da saúde pública analisados num ambiente de atendimento primário (UPA), promovendo insegurança dentre os necessitados, e os afastando da terapia. E assim, aumentando o número de óbitos por falta de tratamento.       Já no âmbito econômico, a revista Época apontou em 2018 que a ineficiência do atendimento primário às minorias se reflete numa crescente demanda por investimento em procedimentos de alta especificidade como cirurgias e terapias antigênicas para os casos em que o problema se tornou crônico, podendo levar à morbidez do paciente. Desta forma, a exclusão das minorias não só afeta a base quanto todos os extratos sociais ao  demandar investimentos de alto cacife por parte da máquina pública.       Em síntese, a gigante barreira do preconceito ainda instaurada em cultura brasileira gera impactos inimagináveis a todos os que se utilizam ou sustentam a Saúde nacional. Logo, é urgente a necessidade de instauração de ações de saúde inclusivas, veiculadas por mídia acessível, estimuladas pelo ministério da Saúde em prol da desconstrução do preconceito, a fim de atingir a população necessitada que não tem acesso ao sistema público de Saúde e promover uma prevenção e tratamento eficientes.