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Enviada em: 14/08/2019

O documentário ‘’Holocausto Brasileiro’’ baseado no livro de Daniela Arlex, conta a história do Hospital psiquiátrico de Minas Gerais, Colônia de Barbacena. Assim, relata-se como eram tratadas pelo governo e sociedade as minorias consideradas indesejadas sociais, como os moradores de rua. Em suma, essas pessoas eram despachadas para o Hospital Colônia, tratadas como se fossem pacientes psiquiátricos, mesmo não sofrendo de doenças mentais, e, submetidas então, a condições sanitárias precárias e formas de tratamentos indignos. Inicialmente, apesar deste relato estar no passado, o entrave que continua a corroborar para a exclusão social permanecer até a atualidade, é a mentalidade retrograda por parte do corpo social. Que, por conseguinte, acarreta na continuidade do higienismo social, deixando assim, está parcela da população cada vez mais a mercê de situações indignas de viver sem direitos básicos, impactando principalmente a saúde dos moradores de rua.      No entanto, apesar da Declaração Universal dos Direitos Humanos afirmar que todas as pessoas têm direitos que garantem a dignidade da vida humana. Os indivíduos, que se encontram a morar na rua, parecem estar, de modo, invisíveis para esta questão, pois os mesmos estão submetidos a situações que afetam sua saúde física e mental, como: falta de saneamento básico e outros quesitos que garante uma vida mais digna, além de sofrerem violência e desprezo. Trazendo assim, um contraste a ser repensado pelas estruturas governamentais e sociais que regem e influenciam o país.        Pois, apesar do higienismo social na sociedade do Brasil contemporâneo não ser cometido da mesma forma que no passado, de maneira como é relatado pelo documentário sobre o hospital Colônia de Barbacena, os motivos que excluem essas minorias, ainda são os mesmos. Os padrões que cercam e influenciam o modo de viver das sociedades, continuam não tendo espaço para às minorias, como é o caso dos moradores de rua, que sem auxílio, são obrigados a viver as margens da comunidade brasileira como um todo. Tornando-se inegável, que a exclusão social, em todas as suas manifestações, seja no ato da violência ou do fingir em não ver, traz consequências ao escopo social.        Urge, desta forma a tomada de medidas para formar uma sociedade menos higienista. Cabe as escolas, por meio das aulas de humanas, como filosofia, sociologia e história, promoverem diálogos que visem relatar a importância da empatia com o próximo, assim como, com às minorias necessitadas de atenção. Para que, então, adiante estes alunos possam se tornar agentes inclusivos de uma sociedade mais justa. Em adição, cabe ao Ministério da cidadania juntamente com a mídia, promover a diversidade mediante a transmissão de novelas, com elencos diversificados, com várias etnias e situações sociais, com o objetivo de mitigar os padrões sociais que tanto excluem as minorias.