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Enviada em: 17/08/2019

Medo, insegurança, angústia, incerteza são apenas alguns dos sentimentos que assombram todos os dias os excluídos sociais no Brasil. Essa situação é advinda da própria exclusão social e suas consequências, cujas quais tornam utópico o alcance do bem-estar dos indivíduos exclusos. Indubitavelmente, os responsáveis por essa conjuntura são aqueles que promovem essa exclusão, ou seja, a própria sociedade que repudia tudo aquilo que é considerado diferente, ainda, o problema é atenuado pela esfera governamental, que possuí saúde pública frágil, contribuindo para a concretização da exclusão.       Segundo pesquisas da Universidade de Milano Bicocca, o risco de suicídios entre jovens LGBTQ+ é triplicado em relação a jovens heterossexuais. Evidentemente, esses indivíduos fazem parte de um grupo excluído socialmente, pois sua sexualidade diverge da considerada padrão pela maioria. Como consequência, é comum que o individuo sinta-se deprimido por não ser socialmente aceito. Posteriormente, esse sentimento pode evoluir para uma patologia, como a depressão, e até mesmo, no último estágio, ao suicídio. Nesse caso, de acordo com o filósofo Émile Durkheim, trata-se de um suicídio egoísta, onde a pessoa não sente-se aceita pela sociedade.       Outrossim, nota-se uma falta de preparo de profissionais com relação aos grupos exclusos. Durante muitos anos, em muitos países, inclusive no Brasil, a homossexualidade era considerada crime. Atualmente, mesmo após e extinção do crime de sodomia, muitos consideram a homossexualidade como patologia. Esse pensamento, se perpetua em muitos hospitais e postos de saúde, onde homossexuais são tratados com hostilidade, recebem atendimento discriminatório por parte dos profissionais, condutas inadequadas, constrangimentos e conotações preconceituosas. Essa situação dificulta o acesso desse grupo a saúde, isso é um problema de toda a sociedade.        Portanto, para garantir o acesso pleno a saúde e bem-estar de todos os grupos sociais, contemplando assim toda a sociedade brasileira, é necessário que algumas medidas sejam tomadas. Cabe ao Ministério da Cidadania,  juntamente as ONGs de inclusão social, investirem em campanhas midiáticas que mostrem para a sociedade a grande pluralidade de indivíduos que existem no Brasil, ao incentivar sua representatividade em novelas, por exemplo. Ademais, o Conselho Federal de Medicina deve realizar palestras, ministradas por profissionais da psicologia para médicos formados, promovendo o esclarecimento desses acerca da diversidade brasileira.