Materiais:
Enviada em: 12/09/2019

Na perspectiva de Thomas Marshall, uma vez conquistados os direitos civis e políticos, vivemos a “Era dos direitos sociais”. É diante desse contexto que o debate acerca da saúde é recorrente, à medida que qualquer indivíduo tem legitimado o acesso ao Sistema Único de saúde-SUS. Todavia, apesar de, no Brasil, a rede hospitalar ser democrática, a social exclusão ainda é uma realidade. Esse cenário advém do descompromisso com auxílio médico de grupos minoritários, já que o preconceito rege um panorama de intolerância em hospitais. Sendo assim, a banalização do profissional da saúde, aliada à insatisfação pública, é o principal impacto a ser superado.             Em primeiro lugar, a reificação da funcionalidade profissional médica está relacionada ao descaso quanto ao atendimento público. Segundo Karl Marx, o capitalismo prioriza os lucros em detrimento dos valores. É analogamente ao exposto que se dá a negligência ao auxílio hospitalar, uma vez que aspectos monetários são supostamente mais valorizados que questões sociais na rede de saúde. Ou seja, é comum que o desprezo social seja frequente, visto que profissionais médicos preocupados com a remuneração esquecem-se do respeito para com a diversidade etnocultural, que, por sua vez, instiga um cenário sem representatividade e intolerante para muitos pacientes.          Em Segunda instância, frente à banalidade ética, a descrença de minorias quanto ao auxílio médico é o principal efeito da exclusão social. De acordo com dados do G1, houve o aumento significativo da judicialização de casos do SUS. Evidentemente, isso provém da insatisfação de grupos marginalizados, tendo em vista que o preconceito na rede hospitalar coage indivíduos discriminados a buscarem alternativas no âmbito jurídico. Diante disso, nota-se a crise do sistema de saúde brasileiro, haja que o descompromisso ético perante o suporte a grupos minoritários compromete o bem-estar de muitos pacientes.         Em suma, evidencia-se que o descaso com grupos segregados é regido por preconceitos que geram a exclusão de certos indivíduos da rede de saúde. Nesse sentido, cabe ao Governo Federal, por intermédio dos Ministérios da Saúde e da Cidadania, criar o projeto “Alteridade e Bem-estar”. Nele, deve haver, mediante a criação de zonas de atendimento específicas, a realização de denúncias de discriminação social nos pontos de saúde, a fim de combater a intolerância nos hospitais. Ademais, com auxílio do SUS, realizará uma campanha ético-profissional, com intuito de educar profissionais acerca do compromisso social e do atendimento devido. Dessa forma, com finalidade de reduzir a insatisfação popular e a marginalização social, para outorgar de fato a “Era dos direitos sociais” no Brasil.