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Enviada em: 17/09/2019

No contexto atual brasileiro ainda existem diversos resquícios dos preconceitos derivados da sociedade patriarcal e escravista do século XIV, tais discriminações condenavam os indivíduos por serem quem eram. Enraizados na sociedade atual, este preconceito acaba por excluir socialmente diversas pessoas de seus benefícios como direito, um deles é o SUS, o sistema único de saúde, que, carece de infraestrutura tanto quanto social como governamental. Dificultando, assim, ainda mais o acesso às pessoas que vivem em situações de risco ou já excluídas socialmente.  Em primeiro lugar, é necessário observar que devido ao mal planejamento e acelerado processo de urbanização das cidades, as pessoas de baixa renda salarial foram empurradas para regiões mais afastadas, surgindo assim os subúrbios. Por certo, vivendo muitas das vezes em áreas de riscos à saúde, como por exemplo redes de esgoto a céu aberto, sendo que a maioria desses indivíduos não possuem condições de arcar com custos de um plano de saúde privado, assim como mostra a pesquisa feita pelo SPC Brasil em que 67% dos brasileiros não possuíam um plano privado de saúde. Logo, sem acesso à um serviço básico de saúde, a propensão de contrair doenças é maior, excluindo ainda mais tais indivíduos.  Ademais, a má infraestrutura e falta de especialização médica nas unidades básicas de saúde juntamente dos preconceitos, tornam o âmbito hospitalar um lugar menos acolhedor e humano. De fato, os preconceitos brasileiros insistem em continuar impregnados na sociedade, nos quais os indivíduos que sofrem dessas discriminações acabam por se sentirem culpados de procurar o SUS, julgados pela própria população e profissionais presentes nos hospitais simplesmente por serem quem são. Assim, a falta de um olhar mais humano e menos técnico no setor primário da saúde afasta ainda mais os grupos já afetados psicologicamente por sua cor de pele, orientação sexual, ou, condição salarial de procurar o SUS. Deste modo, os direitos à saúde previstos pela constituição de 1988 se tornarem um paradoxo, excluindo além do mais os excluídos.  Portanto, é dever do Estado tomar medidas para amenizar o quadro atual. Para haver uma melhor infraestrutura nas unidades básicas de saúde em áreas periféricas, urge que o Governo Federal e o Ministério da Saúde realize projetos de um maior investimento no setor primário da saúde e especializações médicas, trabalhando e agindo dentro e fora das comunidades, criando uma maior inclusão dos grupos excluídos. Assim, talvez, a sociedade brasileira atual poderá parar de reproduzir os estereótipos coloniais, e buscar deste modo, uma maior integração social.