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Enviada em: 06/05/2018

O uso de moedas virtuais, também chamadas de criptomoedas, está em ascensão devido aos altos e atraentes retornos financeiros que os mesmos proporcionam. Este ativo existe na rede de computadores e não tem ligação monetária com bancos, as casas de câmbio das criptomoedas são conhecidas como "exchanges" e apenas utilizam contas bancárias para depósito e recebimento dos investimentos. Dessa forma, a independência de monetização despertou a atenção dos bancos.       O fraco vínculo entre os bancos e as casas de câmbio pode facilitar lavagens de dinheiro e esquemas de pirâmide promovidos por investidores maliciosos. O grupo Santander, por exemplo, fechou recentemente a conta de uma "exchange", pois havia a suspeita de atividades ilícitas. O pouco conhecimento, aliado a rápida ascensão e popularização das moedas virtuais, está gerando receio entre estudiosos do assunto.        As moedas digitais apresentam grande volatilidade, em menos de um mês o preço de uma das criptomoedas mais populares, Bitcoin, oscilou aproximadamente de dez mil para setecentos dólares. O professor de finanças da Insper, Ricardo Rocha, salienta a necessidade de cautela por parte dos investidores, e que os mesmos devem reconhecer as criptomoedas mais como um ativo, uma ação, do que como moeda propriamente dita. O Banco Central do Brasil também expõe o perigo de uma bolha financeira causada pelas transações e investimentos descontrolados nesse tipo de negócio.       Sendo assim seria interessante que as "exchanges" mudassem sua abordagem, visto que, as criptomoedas possuem maior caráter de ação do que moeda. A instabilidade do preço e as brechas proporcionadas por este sistema devem ser de conhecimento público. Mesmo apresentando potencial, as moedas digitais encontram-se em um estágio rudimentar e frágil, portanto, necessitam da supervisão do Ministério da Fazenda e nos casos irregulares o mesmo detêm o direito de intervir.