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Enviada em: 18/07/2018

Segundo o filósofo pré-socrático Heráclito, tudo muda, menos a mudança. Tal pensamento é bastante válido para o setor econômico, já que esse se adapta às mudanças ocorridas na sociedade. Portanto, se no século XV, quando o mercantilismo estava no ápice, o ouro era a moeda padrão, hodiernamente, vivendo-se a Quarta Revolução Industrial, as moedas virtuais despontam no comércio. Embora facilitem compras a grandes distâncias, a falta de estabilidade dessas moedas e impossibilidade de ressarcimento são fatores que ainda prejudicam seu uso global no mercado e, portanto, devem ser discutidos.      Dessarte, por ser uma moeda relativamente nova, o seu valor tende a variar muito. O bitcoin, por exemplo, pode variar entre cerca de 25 e 35 mil reais em um único dia, segundo reportagem do Fantástico. Esse fato facilita a especulação financeira e a consequente perda de dinheiro por parte dos indivíduos que ainda não sabem operar nesse comércio.      Outrossim, como as transações se tratam de atos diretos, ou seja, não passam por instituições financeiras, o uso dessas moedas se torna ambíguo, pois ao mesmo tempo que agiliza o processo devido à redução da burocracia, passa a se basear na confiança entre os indivíduos. Dessa forma, como as instituições regulamentadas não fazem parte da ação, não há como oferecer garantia ou ressarcimento caso haja perda de dinheiro.      Sendo assim, percebe-se que as moedas virtuais vieram para revolucionar o mercado, todavia, assim como ocorreu com o real, deve haver um período de adequação da sociedade a essa nova Era. Para isso, é imprescindível que o governo, a partir do Ministério da Educação, estabeleça a informática como matéria obrigatória na Base Comum Curricular e forneça verbas para que as escolas adquiram materiais de ponta, afinal, devido à exclusão digital advinda da globalização, poucos jovens de baixa renda têm acesso a esse material. Além disso, o governo, em conjunto com as grandes mídias, deve estimular, a partir de palestras do MEC e de propagandas, a participação de gerações mais antigas em cursos de informática. Só assim, jovens e adultos conseguirão se adaptar a essa mudança, evitando perdas e estabilizando o mercado das moedas virtuais.