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Enviada em: 18/08/2018

A terceira revolução industrial deslocou o sistema capitalista, segundo o geógrafo Milton Santos, para o chamado meio técnico-científico-informacional, onde o mercado é conduzido pela união entre a ciência e a técnica. Todavia, alguns estudiosos, como Klaus Shwab, fundador do FEM (Fórum Econômico Mundial) creem estar iniciando-se atualmente a quarta revolução industrial, por meio da tecnologia disruptiva. Dentre as consequências causadas por essa mudança, a criação e circulação dos Bitcoins (moeda virtual) começam a ser uma realidade no mercado.       Segundo o economista Mike Hewitt, cerca de 58,9 trilhões de dólares estão em circulação no mundo, suas transições são controladas por meio de bancos, que atuam como intermediações de recursos. Entretanto, desde o acordo de Bretton Woods (1944), as moedas não possuem mais o lastro no ouro. Assim, seu funcionamento decorre do chamado câmbio flutuante, onde a relação de oferta e procura definem o seu valor. Como resultado de uma possível má administração financeira dos bancos, o mercado pode retrair seu investimento, como aconteceu em 2008, resultando em crise.      Quiçá, devido à crise de 2008, o Bitcoin surgiu no mercado como uma possível solução, já que, diferente do sistema financeiro vigente, ele não é centralizado ou controlado por ninguém. Contudo, o que aparenta ser uma grande vantagem torna-se um grande revés, já que a falta de um agente regulamentador aumenta o uso dos bitcoins em transações ilegais, segundo o pesquisador Sean Foley, onde ao menos 72 milhões de doláres movimentados através da moeda virtual alimenta o mercado ilegal.       Dessa forma, sendo imprescindível o uso cada vez maior da tecnologia no mercado financeiro, faz-se necessário a regulamentação oficial da moeda virtual, para que esta possa ser circulada de forma segura no território, através da supervisão do Banco Central (nacional) e do FMI (internacional), onde todas as transações passarão por ambas, fazendo com que o Bitcoin mantenha-se descentralizada mas regulamentada e fiscalizada para evitar transações ilegais.