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Enviada em: 24/10/2018

Ao longo da história, ocorreram grandes mudanças nas relações econômicas, entre as quais podem-se elencar as Revoluções Industriais, marcadas por inovações científicas e tecnológicas no âmbito discutido. Se por um lado isso acarretou progresso global, por outro gerou a exclusão de muitas pessoas, o que se reflete nos dias atuais com as moedas virtuais e sua utilidade econômica. Ademais, outro problema é a falta de credibilidade que elas transparecem ao usuário, representando potenciais riscos.     Em primeiro lugar, é preciso discutir a exclusão que será gerada a partir das moedas virtuais. Se isso ocorreu durante a Primeira Revolução Industrial (século XVIII), quando muitos operários não tinham condições físicas para trabalhar; na Segunda Revolução (XIX), em que os trabalhadores não possuíam recursos financeiros para estabilidade socioeconômica; e na Terceira Revolução (XX), com notória exclusão por baixa capacitação técnica, certamente o mesmo ocorrerá no que pode ser chamado de Quarta Revolução Industrial. Isso ocorrerá devido à baixa acessibilidade da comunidade civil aos meios fornecedores das moedas abordadas, além do baixo conhecimento técnico que a maioria dela possui para essa atividade, algo, aparentemente, histórico.     Em segundo lugar, é preciso acrescentar outro tópico ligado à discussão: a falta de credibilidade das moedas digitais. Isso ocorre porque não existe garantia de sua conversão para a moeda oficial e nem valor fixo agregado a elas, o que gera vulnerabilidade do usuário em virtude de riscos de fraudes e desvios de verbas. Afinal, é muito comum o golpe de "hackers" na internet, um ambiente em que possuem forte domínio intelectual e logístico, diferente da maior parte da sociedade. O próprio Banco Central do Brasil alerta sobre a possibilidade de envolvimento desse tipo de recurso financeiro em atividades ilícitas, representando sérios riscos socioeconômicos para toda a nação.     Portanto, para que haja desenvolvimento mais justo, são necessárias  medidas que amenizem a baixa acessibilidade e tornem os "Bitcoins" mais seguros. Para essas ações serem feitas, bancos podem investir em segurança digital a partir do desenvolvimento criptográfico para proteger os recursos tecnológicos públicos. Os governos podem se associar a eles aumentando a fiscalização tecnológica com  leis mais severas e estudiosos da computação monitorando diariamente os aparelhos governamentais e suas atividades. Somam-se a isso investimentos estatais em palestras e minicursos técnico-profissionalizantes, para que as pessoas tenham conhecimento básico nesse meio e não sejam alienadas pela ignorância.