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Enviada em: 23/02/2019

No mundo das criptomoedas, em um cenário de quarta revolução industrial, a lógica das relações econômicas têm se alterado significativamente. Essa nova realidade trouxe consigo uma maior aproximação com a ideia do liberalismo econômico, tendo em vista que não há órgãos capaz de regulamentá-las. No entanto, existe o lado negativo associado ao excesso de liberdade representado pelo fato de o anonimato promover, infelizmente, a possibilidade de transações dentro de um mercado criminoso. Por outro lado, existe ainda um certo debate acerca dos riscos das criptomoedas em relação à soberania de um país, tanto no aspecto econômico quanto no de poder propriamente considerado.      Nesse sentido, a Deepweb é a principal referência contemporânea de navegação sob o anonimato, na qual o comércio ilegal, tanto de produtos quanto de serviços, é uma realidade comum em função da impossibilidade de rastreamento e identificação do usuário. Por isso mesmo, moedas virtuais são utilizadas com esse viés, tendo em vista que obedecem a mesma lógica de funcionamento de um sistema denominado Blockchain como é o caso, por exemplo, do Bitcoin. Sendo assim, encara-se esse aspecto como parte fundamental dos problemas relacionados a criptomoedas, para o qual se buscam soluções no curto, médio e longo prazo.      Além disso, pode-se pensar acerca dos limites -- ou a falta deles -- em relação a essa nova espécie de dinheiro. Nesse caso, dentro de uma realidade na qual a única forma regulamentadora é a mão invisível do mercado, utilizando-se dos termos propostos por Adam Smith, deixando a livre iniciativa definitivamente livre para agir, certos governos, como as ditaduras socialistas da Coreia do Norte ou Cuba, por exemplo, sentem-se ameaçadas diante da possibilidade de perde de poder, de capacidade e de amplitude de controle. Desse modo, é inegável que as moedas virtuais representam, de fato, um potencial perigo ás soberanias nacionais, principalmente das autoritárias.       Destarte, dentro do atual contexto em que há uma certa revolução nas relações econômicas, é imprescindível tomar precauções. Nesse caso, polos de referência em tecnologia como a universidade do MIT, ou qualquer empresa interessada nessas novas tendências de mercado e suas implicações, devem investir pesadamente em pesquisas direcionadas a compreender com mais transparência e eficiência os mecanismos de criptografia das moedas virtuais a fim de que seja possível solucionar o problema atual da irrastreabilidade associado ao sistema de Blockchain. Assim, será conseguido, dentro do limite do razoável, identificar transações de mercado negro que envolvam alta periculosidade. A partir disso, o novo contexto monetário poderá ser mais bem aceito e mais seguro em termos gerais.